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Unifesp e Siemens Healthineers firmam termo de cooperação

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Acordo possibilitará o desenvolvimento de projetos de pesquisas sobre tecnologia biomagnética

A Siemens Healthineers firmou um acordo de cooperação com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por meio do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT), no Campus de São José dos Campos (SP). Com o convênio, a empresa dará apoio para o desenvolvimento do projeto de pesquisa intitulado de "Uso de tecnologias para avaliações de técnica biomagnética: Tomógrafo Biomagnético", do professor Fabiano Paixão.

A Siemens Healthineers fará um investimento de cerca de R$ 8 milhões, que será utilizado na readequação do espaço físico de parte do ICT/Unifesp, bem como na instalação de equipamentos de diagnósticos clínico e por imagem. Os aparelhos serão utilizados para propiciar o desenvolvimento e validação do Tomógrafo Biomagnético e também poderão ser utilizados em outras pesquisas do Professor Paixão.

O Tomógrafo Biomagnético é baseado na aplicação de um campo magnético de baixa intensidade sobre projeção do órgão de interesse e na medida da resposta de um contraste magnético ingerido pelo paciente. Esta técnica é não invasiva e livre de radiação ionizante (e.g., raios-X e raios-gama), podendo ser empregada para diagnóstico e pesquisas de diferentes doenças e parâmetros fisiológicos do trato gastrintestinal.

Livre de radiação ionizante, o Tomógrafo Biomagnético pode ser instalado em pequenos centros de diagnóstico, devido sua baixa complexidade. Segundo o professor Paixão, atualmente, pesquisas na área de Gastroenterologia necessitam do uso de um alto número de animais, devido aos protocolos utilizados e às tecnologias vigentes. Com essa tecnologia, é possível uma redução significativa do uso desses animais e, consequentemente, dos custos deste tipo de pesquisa.

O professor trabalha no desenvolvimento de novas instrumentações para diagnóstico médico, principalmente, utilizando a Medicina Magnética. Com sua equipe, ele utilizará o tomógrafo para diferentes estudos relacionados ao trato gastrintestinal e no emprego da técnica para acessar outros órgãos, como rins e coração. O objetivo é empregar a técnica no diagnóstico de doenças de outros órgãos além do trato gastrintestinal.

“Este é um grande passo para a capacitação de profissionais da Saúde no mercado brasileiro. A sinergia entre academia, indústria e governo é essencial para impulsionar a inovação e pesquisa no País, além de possibilitar enormes benefícios para a produção científica, o mercado de trabalho e para a sociedade como um todo”, afirma Armando Lopes, Head Country da Siemens Healthineers do Brasil.

Para a viabilização do projeto, a Unifesp fez um investimento de R$ 3 milhões, os quais foram utilizados na compra do prédio que abrigará o Centro de Inovação de Engenharia Biomédica. Já o desenvolvimento do Tomógrafo Biomagnético faz parte de um projeto de pesquisa financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no valor de cerca de R$ 2,5 milhões.

O termo de cooperação com a Siemens Healthineers também contempla a cessão de materiais técnicos para o aprimoramento das aulas do curso de Engenharia Biomédica, o uso dos equipamentos nas aulas de graduação, parceria de estágio e o desenvolvimento conjunto de cursos de especialização para os engenheiros e profissionais que atuam nas áreas da saúde relacionadas aos equipamentos. Os mesmos equipamentos também ficarão à disposição para agenda de treinamentos técnicos da equipe de Engenheiros de Serviço e os Assessores Científicos da Siemens. A companhia, que já possui um Centro de Treinamento em Joinville, SC, agora tem sua capacidade de treinamento expandida no Brasil com esta parceria, aumentando também a qualidade de atendimento do seu pós-venda.

O professor Paixão ressalta a importância do acordo. “Acreditamos que essa parceria propiciará o desenvolvimento significativo do ensino, pesquisa e extensão, bases da universidade. Além disso, promoverá a aproximação do conhecimento acadêmico da universidade com o conhecimento tecnológico do setor produtivo”, finaliza.