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The Green Hub acelera três startups voltadas ao mercado da cannabis

Article-The Green Hub acelera três startups voltadas ao mercado da cannabis

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Centro de Excelência Canabinoide, Cannapag Bank e Jamba Estúdios são as start-ups selecionadas. Além disso, consultoria dá suporte a instituto de pesquisa

A The Green Hub, consultoria e aceleradora com foco específico no mercado da cannabis, está trabalhando na aceleração de três start-ups. O Centro de Excelência Canabinoide (CEC), a Cannapag Bank e Jamba Estúdios foram as empresas selecionadas para esse processo. O mercado legal da cannabis está em franco desenvolvimento em todo o mundo, mas, se as perspectivas de crescimento e lucratividade são grandes, os desafios não ficam atrás. Nesse cenário de estruturação, contar com respaldo especializado pode fazer toda a diferença para os negócios nos estágios iniciais.

O CEC é uma operação completa ligada ao uso medicinal da cannabis, com quatro vertentes, incluindo clínica médica e formação de médicos que desejam incorporar essa terapia dentro de sua especialidade, além de educação e conscientização da sociedade sobre a medicina canabinoide, bem como fomento e curadoria de pesquisas científicas. Marcelo Sarro, CEO do CEC, tem a missão de avançar em frentes diferentes. "Precisamos implementar ações em diversos pontos de contato. Precisamos falar com médicos e membros da comunidade científica, bem como pacientes e pessoas leigas em relação ao uso medicinal da cannabis. Desenvolver um modelo completo e abrangente traz essa premissa desafiadora e torna ainda mais importante contar com o respaldo de especialistas no setor para orientar a evolução dos negócios", explica.

Nascida para oferecer soluções de pagamento personalizadas, a Cannapag Bank se tornou a primeira fintech brasileira para o mercado legal da cannabis. Desta forma, proporciona não só um meio de pagamento, mas um sistema completo de internet bank para associações de pacientes, estabelecimentos de saúde e consumidores, conjunto que sofria com grande índice de rejeição, além de altas taxas para transações e transferências por parte dos provedores tradicionais de serviços financeiros. Na opinião de Murilo Gouvêa, CEO da Cannapag Bank, entrar em um processo especializado de aceleração é importante para empresas de um mercado que está em formação. "Passar por essa etapa ajuda muito na estruturação, proporcionando ganho de solidez e maior respaldo, tanto para sócios quanto investidores. O mercado também é beneficiado, com empresas mais maduras e eficientes", ressalta.

Já a Jamba Estúdios tem foco na criatividade para unir arte e informação, na produção de conteúdos que possam desconstruir preconceitos contra a cannabis. Assim, a empresa trabalha para ajudar a criar um novo cenário no imaginário coletivo, centrado nas esperanças de cura, a partir de diversos recursos como storytelling e entretenimento educacional.

Para Luiz Mandara, diretor executivo da Jamba Estúdios, a aceleração é essencial para transformar nossa ideia em um plano de negócio de sucesso, extraindo o melhor dos talentos individuais dentro da empresa. "Além de nos conectar com investidores e grandes players do mercado, a The Green Hub nos trouxe insights e dados desde a incubação à modelagem financeira. A chegada mais forte deste mercado no Brasil é questão de tempo. Estar com a empresa estruturada nos deixa prontos para assumir o desafio de ajudar empresas a lutar contra o preconceito da sociedade para emplacar a venda de seus produtos. Por meio da arte e criação cultural podemos derrubar tabus e criar o imaginário para uma nova cannabis", enfatiza.

Segundo o diretor de Novos Negócios da The Green Hub, Marcelo De Vita Grecco, o mercado brasileiro, além de incipiente, possui muitos obstáculos. "Temos algumas barreiras importantes devido a preconceitos. Por conta disso, os empreendedores desse setor precisam entender o momento necessário de construção de bases antes do foco em rentabilidade. De outro lado, temos imenso potencial e oportunidade de evitar equívocos, considerando os aprendizados com erros cometidos em outros países que estão mais adiantados", explica.

Além das três start-ups em aceleração, a The Green Hub está dando suporte ao Instituto de Pesquisas Sociais e Econômicas da Cannabis (Ipsec). A organização sem fins lucrativos concentrará esforços em levantar dados e informações com base na realidade brasileira. O objetivo é fomentar o debate público e ajudar a sociedade no processo decisório em relação a leis e regulamentação para aplicações da cannabis em usos medicinais e industriais.

"Estamos vendo o nascimento de um mercado incrível, com poder para transformar a vida de milhões de pessoas, ajudando o País socialmente e economicamente. Porém, entrar nesse setor exige mais que uma grande ideia. Além de veia empreendedora e profissionalismo, é preciso ser ativista para trabalhar em prol do desenvolvimento do ambiente de negócios, da cadeia produtiva e do ecossistema em seu entorno", conclui Greco.

Além das empresas em aceleração, a The Green Hub está realizando sua segunda chamada de start-ups. Empresas interessadas podem se inscrever até 13 de novembro, no site.