Um novo exame de medicina nuclear será usado no diagnóstico de câncer para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado de São Paulo. Está disponível no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, a tomografia computadorizada por emissão de pósitrons, conhecida como PET-CT. Segundo a Secretaria, a intenção é estender progressivamente o exame para pacientes encaminhados de outras unidades.
A aquisição de dois equipamentos demandou um investimento de R$ 4 milhões. Uma moderna tecnologia para rastreamento de tumores permite a detecção de câncer em estágios iniciais, com mais precisão e exatidão que a tomografia convencional. Estima-se que mais de 7 mil pacientes por ano sejam beneficiados.
A tecnologia híbrida permite imagens anatômicas e precisas dos tumores, ao aliar imagens de medicina nuclear com a tomografia computadorizada. O PET-CT também permite visualizar o grau de extensão da doença e verificar se o tumor é localizado ou já se espalhou. A partir daí, é possível planejar o tratamento, monitorar o tempo de resposta dos recursos aplicados e fazer um melhor controle da doença.
Para realizar o exame o paciente recebe uma injeção da substância radioativa conhecida como FDG-18, um radiofármaco que dá contraste exatamente no local onde existe tumor em crescimento. As células tumorais se alimentam de compostos presentes no radiofármaco, atraindo a substância para si após a aplicação. O procedimento exige jejum leve.
Os radiofármacos são fornecidos pelo Centro de Medicina Nuclear do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da FMUSP. O Cilotron, equipamento que produz a substância, foi instalado em um bunker de 520 metros quadrados dentro do complexo HC e protegido por paredes de concreto com quase dois metros de espessura. Foram investidos R$ 15 milhões na construção e aquisição de equipamentos.
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