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Santa Casa BH faz campanha para manter maternidade aberta

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Santa Casa BH - Shutterstock
Unidade, que tem prejuízo anual de R$ 10 milhões, pode fechar em setembro deste ano, caso não consiga nova contratualização junto ao governo

Maternidades que fecham as portas por conta de prejuízos financeiros têm sido fato, quase, corriqueira no mercado de saúde brasileira. Nesta semana, a Santa Casa BH anunciou campanha nas redes sociais para tentar manter as atividades da Maternidade Hilda Brandão, inaugurada há 98 anos. Com o slogan “A Maternidade da Santa Casa BH não pode fechar!” e a hashtag “#vivamaternidade”, a campanha busca sensibilizar a sociedade civil e o poder público para a importância da unidade.

Em funcionamento no 11º andar da Santa Casa BH, a Maternidade Hilda Brandão é especializada em atendimento de alto risco – como má formação cardíaca – e realiza, em média, 330 partos por mês para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, a unidade acarreta um prejuízo anual de R$ 10 milhões motivados, segundo a entidade, pelos repasses de verbas e incentivos insuficientes para financiar os serviços prestados.

Dessa forma, a Santa Casa BH reivindica uma nova contratualização junto à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) e ao Governo de Minas e ao Ministério da Saúde com valores considerados “justos” de remuneração pelos serviços prestados. Há cerca de um ano, os problemas de custeio foram oficialmente encaminhados ao Ministério da Saúde e à PBH. Além disso, a Santa Casa BH realizou recentemente um estudo comparativo demonstrando que o custeio por leito, em seus contratos, possui remuneração inferior aos valores praticados pelo poder público no custeio de hospitais públicos de Belo Horizonte.

Sem uma nova contratualização, a Maternidade Hilda Brandão - responsável por 29% dos partos de alto risco em Belo Horizonte e 6% desses procedimentos em todo o Estado – afirma que pode fechar as portas em setembro deste ano.