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Raios ultravioleta como potencializadores na esterilização de ambientes

Article-Raios ultravioleta como potencializadores na esterilização de ambientes

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Pesquisadores validam a eficácia das ondas UVC-2 contra o coronavírus

Está comprovado que o novo coronavírus tem um alto poder de contágio em ambientes fechados ou com grande concentração de pessoas. Essa confirmação foi dada em estudo realizado por pesquisadores chineses em abril deste ano e constatou que o compartilhamento de ambientes fechados aumenta o poder de infecção pelo Covid-19.

Com flexibilização do regime da quarentena, muitas cidades estão permitindo a reabertura de bares, restaurantes, igrejas e outros espaços com concentração de pessoas. Mas a preocupação com a limpeza destes ambientes aumentou. Além de cumprir as exigências dos órgãos competentes, os donos destes estabelecimentos procuram aumentar a sensação de segurança e bem-estar de seus clientes e funcionários.

Especialistas do mundo todo têm buscado soluções para diminuir o contágio do coronavírus. Entre alternativas estudadas estão os raios ultravioleta (UV) que em contato com o material genético do microrganismo tem a capacidade de desativar o vírus. A universidade Columbia, através do Centro de Pesquisa Radiológica realizou um experimento que comprova a eficácia das ondas ultra violeta contra o Covid-19.

Os raios ultravioleta podem ser uma alternativa mais eficaz de manter os ambientes esterilizados por mais tempo já que têm um grande poder de ação. Os pesquisadores indicam o uso do raio ultravioleta tipo C, pois as ondas UVC têm maior poder de neutralização em contato com o vírus e bactérias. Apesar dos benefícios, os cientistas não recomendam durante a ativação, a exposição de pessoas, animais ou plantas aos raios já que trazem danos à saúde que podem levar a queimaduras ou até mesmo câncer. A esterilização é feita durante o período de manutenção dos trens. O metrô de Nova York está utilizando emissores de radiação ultravioleta para desinfetar os vagões. A esterilização é feita durante no período de manutenção dos trens.

No Brasil, a empresa FRT Automação, investiu para importar um tipo de aparelho que utiliza ondas UVC acima de 200MN e que esteriliza os ambientes. O equipamento tem o alcance de até 35 m² e realiza a esterilização multidirecional de 180 graus, ideal para o uso em superfícies e ambientes fechados, como salas de aulas, hospitais e restaurantes.

Para evitar o contato direto dos seres humanos, o dispositivo possui um mecanismo de sensor que apaga a lâmpada quando alguém se aproxima em um raio de 3 metros e recomeça a desinfecção quando a pessoa sai do raio de ação. O Esterelize tem eficácia contra diversos tipos de vírus e bactérias.

Fábio Roberto Teodoro, da FRT, responsável pela comercialização do Esterelize, reforça a preocupação na escolha do produto para ser comercializado no Brasil. "O nosso intuito foi buscar uma solução que ajudasse as pessoas e que tivesse um sensor. A ideia é ter o produto como aliado e a que ele facilite o dia a dia na luta contra o vírus".

A cirurgiã dentista Bruna Conde, especialista em promover saúde, apostou nos raios UVC para aumentar a sua segurança e a de seus pacientes. Estabeleceu protocolos e adaptou seu consultório para realizar os atendimentos presenciais, seguindo as normas dos órgãos públicos e a orientação da Organização Mundial da Saúde.

"Respeitamos os horários com intervalo entre pacientes, o mesmo recebe um termo no pré agendamento, para estar ciente do seu comparecimento e conduta das medidas adotadas para segurança de todos.

Já na entrada, o paciente recebe protetor para calçados e tem um dispenser com álcool gel 70% localizado em todos os pontos estratégicos. Depois passa pelo oxímetro para checar a oxigenação. Enquanto está na sala de espera, para assinar o termo de consentimento e a coleta de dados, as janelas ficam abertas e nesse momento, a sala de atendimento está sendo esterilizada com a luz ultravioleta. O tempo para desinfecção do local é de dez minutos. Já na sala, a saída de água é por pedal, evitando contato das mãos, e há espaço higienizado para colocar bolsa e objetos pessoais. E eu utilizo os EPIs: máscara n95, máscara tripla, gorro, avental descartável, viseira protetora, scrubs, ...pareço uma astronauta da Saúde", comenta a profissional.

No final da consulta, a auxiliar remove todos os materiais descartáveis que são eliminados com segurança. As maçanetas e pontos de contato são higienizados a cada paciente e a sala de atendimento passa por uma nova limpeza, desinfecção e esterilização com a luz ultravioleta. Nos banheiros também foram instalados a luz UVC.

"O Covid-19 alterou a rotina, porém assegurou que sempre estivemos no caminho certo da nossa rigorosa biossegurança", afirma a cirurgiã-dentista.