faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Do que as empresas brasileiras precisam para crescer?

Article-Do que as empresas brasileiras precisam para crescer?

pesquisa-e-desenvolvimento-de-produto
Fomos a um evento promovido pela The Economist e pela GE, chamado de Driving Innovation in health care.

No evento promovido pela The Economist e pela GE, chamado de Driving Innovation in health care, palestrantes como Irene Mia, diretora da unidade de inteligência da The Economist, citaram qual o panorama de inovação no sistema brasileiro e o que o Brasil, precisa, a partir de agora, para se manter um país forte e com, cada vez mais, cases de inovação.

Segundo Irene, o que precisa ser discutido aqui é a economia, a política brasileira e qual a interação que esperamos entre estes dois setores. Atualmente, estamos em um período de estagnação com prováveis 0,4% de crescimento em 2014 e, em média, 2,5% entre 2016 e 2019. A inflação parece se manter alta e mais alta que o objetivo do Banco Central, o deficit fiscal não deve ser bastante reduzido. A política atual de intervencionismo não agrada os investidores, o que dificulta o processo de crescimento econômico.

Se olharmos para os indicadores de vulnerabilidade, o Brasil tem boas reservas internacionais, recebe altos índices de investimento estrangeiro direto e temos forças como a transição demográfica que nos favorece em termos de mudanças de classe social, ainda somos um país com muitas reservas naturais, temos uma baixa taxa de desemprego e o setor privado é bastante competitivo dentro do país e fora dele. Em comparação à Índia e China, temos um poder de compra per capita muito maior e isso nos abre vantagem de mercado sobre eles.

Ainda segundo ela, 92% das empresas brasileiras têm dificuldade de recrutar profissionais qualificados, o que dificulta o desenvolvimento do país. O Brasil, considerando o índice de PISA, um programa para avaliação internacional de alunos, encontra-se abaixo da média, com alunos que não sabem analisar gráficos simples e frações. Tudo isso se reflete na força de trabalho que temos e na baixa quantidade de profissionais qualificados em algumas áreas.

Para o governo brasileiro, as sugestões são focar na competitividade e possibilitar reforma fiscal, melhorar a eficiência de mercado, governança, educação é saúde.missão, com certeza, vai aumentar a produtividade do pais.

O Brasil deve ter menos intervenção e protecionismo, possibilitando a realização de novos negócios. Precisamos restabelecer a credibilidade macroeconômica do pais, especialmente a política fiscal. E precisamos restabelecer a estabilidade econômica, balanceando crescimento e inflação de maneira a facilitar o crescimento do cenário econômico.

Para as empresas, precisamos pensar em como faremos para engajar o próximo bilhão de consumidores e dois componentes que afetarão este mercado serão o big data e o aumento de contingente de trabalho. Em estudo feito com empresas brasileiras, em termos de perspectivas de investimento, a América Latina pretende investir mais em habilidades da força de trabalho e em sistemas integrados. Já como desafios, refere a competição global e a dificuldade de se posicionar em outros mercados.

Por último, Irene citou que, em big data, o Brasil pretende utilizar a ferramenta para adaptar-se mais rapidamente às mudanças dos clientes e do mercado. Já o que vemos como problemas, temos a falta de padrões e leis, e o receio dos competidores chegarem ao uso bem-sucedido do big data antes das empresas entrevistadas.