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Público e privado integrados e Saúde próxima de outros ministérios

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Diretor executivo da Associação Brasileira de Medicina de Grupo expõe o que é esperado nos próximos anos da nova gestão de governo

Muitos debates já foram propostos pela IT Mídia com o objetivo de servirem de apoio para o desenvolvimento do setor de saúde e essas discussões têm evidenciado que as medidas necessárias para isso estão cada vez mais claras no discurso dos profissionais e gestores.

Entretanto, o fazer acontecer é onde parece estar o entrave. Em artigo recentemente divulgado para o mercado, o diretor executivo da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), Antonio Carlos Abbatepaolo, defende, mais uma vez, medidas já muito discutidas e até consentidas para o futuro da saúde suplementar. 


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O que é proposto? 


Diante das margens apertadas e demanda crescente, Abbatepaolo propõe a efetiva integração entre os setores público e privado. De acordo com ele, a implementação de uma visão integrada de planejamento “teria um impacto extraordinário sobre todo o sistema de saúde nacional”. O resultado benéfico, segundo ele, estaria atrelado à por exemplo um banco de dados comum com informações sobre o perfil sócio-epidemiológico e à implantação do prontuário eletrônico.

Com isso, seria possível ações coordenadas entre estado e empresas privadas, além de maior agilidade nos atendimentos, diagnósticos e identificação de públicos para o desenvolvimento de campanhas de prevenção, entre outros.

Aproximar o assunto Saúde de outros ministérios, como da Fazenda e do Desenvolvimento, é outro aspecto defendido pelo diretor da Abramge. “Por que não colocar a saúde ao lado da construção civil, da indústria automobilística, da agricultura e de bens de consumo, setores sempre lembrados – corretamente, sem dúvida – na hora de adotar políticas de aceleração e estímulo ao crescimento?”, provocou em artigo.

A reivindicação da Associação quanto ao potencial do setor junto à economia do País se apoia em números como R$ 464 bilhões de receita anual, considerando os gastos privados e públicos. O valor representa 10,3% do Produto Interno Bruto (a parte privada dessa conta corresponde a cerca de 57%). Atualmente são mais de mil operadoras de saúde no País, 3 mil hospitais privados, mais 1.400 hospitais privados sem fins lucrativos e de 2.300 hospitais públicos.

A Abramge deixa claro também ser favorável à aprovação do projeto de lei que assegura 10% da receita bruta da União para o custeio da saúde pública. “A melhoria da qualidade da assistência à saúde no Brasil será resultado da convergência de esforços dos setores público e privado, do fortalecimento do Sistema Único de Saúde e da saúde suplementar”, afirmou.

O que resta, agora, é o como integrar esses dois universos em um.