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Planos de saúde baratos têm rede de atendimento reduzida, aponta pesquisa do Idec

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Levantamento com 118 planos de 27 operadoras mostra que fatores de barateamento podem resultar em um serviço que não atende adequadamente o consumidor

Nesta segunda-feira (22), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulga pesquisa inédita sobre planos de saúde ofertados na cidade de São Paulo com preços abaixo da média de mercado. O levantamento realizado com 118 planos de 27 operadoras, por meio de consultas no site das empresas e contatos com corretores, mostrou que os planos têm rede de atendimento reduzida e abrangência restrita, principalmente entre operadoras de maior porte.

Entre as conclusões da pesquisa está a de que o mercado já oferece os chamados planos de saúde populares — atualmente, em análise técnica pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “A proposta de planos acessíveis não visa baratear o valor do plano, mas apenas fornecer uma justificativa mascarada para a alteração das regras que protegem o consumidor”, explica a pesquisadora e advogada do Idec, Ana Carolina Navarrete, responsável pelo levantamento.

A pesquisa do Idec aponta ainda que o uso de coparticipação (em que o consumidor paga pelo procedimento, além da mensalidade) no universo dos planos pesquisados, gera uma economia de apenas 22,8% no preço da mensalidade. A economia seria pequena, se considerarmos que o consumidor teria que pagar ao menos 50% do valor do procedimento, segundo a proposta do Ministério da Saúde.

A conclusão da pesquisa é que os planos baratos implicam em fatores que comprometem a cobertura, tais como rede reduzida, abrangência restrita, coparticipação para restringir uso ou contratação coletiva, que tem reajustes mais flexíveis. A combinação desses fatores pode resultar em um serviço que não atende adequadamente às necessidades do consumidor. “O máximo de acesso que esses planos garantem é o acesso à contratação, e não à cobertura” finaliza a advogada.