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Pesquisas apontam boas perspectivas no combate à doença de Alzheimer

Article-Pesquisas apontam boas perspectivas no combate à doença de Alzheimer

Um dos estudos desenvolveu uma nova vacina que tem demonstrado eficiência na redução da patologia

Duas pesquisas independentes trazem boas novidades para portadores da doença de Alzheimer, segundo informações da Agência Fapesp. Na primeira, cientistas do Instituto Nacional para Ciências da Longevidade, no Japão, e do Instituto de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, anunciaram uma nova vacina que tem demonstrado eficiência na redução da patologia. O outro estudo, apresentado esta semana, na reunião anual da Sociedade para a Neurociência, em San Diego, na Califórnia, identificou uma proteína que impede a progressão do mal de Alzheimer no tecido cerebral. A doença é caracterizada pela perda progressiva da função cognitiva provocada pelos depósitos da proteína beta-amilóide no sistema nervoso central. Os cientistas acreditam que se esses depósitos puderem ser barrados ou diminuídos, o problema deverá ser combatido com eficiência.
O estudo realizado por japoneses e norte-americanos, publicado na última edição do Journal of Alzheimer's Disease apresenta os resultados da nova vacina. Os pesquisadores aplicaram oralmente em camundongos a solução, composta de DNA da proteína beta-amilóide, a um vetor, um vírus adeno-associado. Segundo relataram, não apenas os níveis da proteína diminuíram como a resposta imune modulada pelas células-T também foi significativamente reduzida.
Uma única dose da vacina foi o suficiente para aumentar a produção de anticorpos contra a proteína beta-amilóide por mais de seis meses. Exames nos tecidos cerebrais dos animais mostraram que os depósitos amilóides extra-celulares claramente diminuíram, comparados com exemplares que não receberam a vacina.
De acordo com o cientista japonês, Hideo Hara, a vacina não induziu reações fortes das células-T e não apresentou sinais de causar meningoencefalite ? inflamação que atinge o encéfalo e meninges. Vacinas anteriores para o mal de Alzheimer foram mal-sucedidas por terem provocado problemas colaterais como esse.
O outro estudo que acaba de ser anunciado resultou na identificação de uma proteína capaz de suspender a progressão do Alzheimer no tecido cerebral humano. Conhecida como transtirretina, a proteína protege as células cerebrais da deterioração gradual ao bloquear a ação da proteína beta-amilóide, impedindo que ela interaja com o tecido cerebral.
A pesquisa, também com o uso de camundongos, foi feita na Universidade de Wisconsin-Madison e financiada pela organização norte-americana Institutos Nacionais de Saúde (NIH).
Jeff Johnson, professor da Universidade de Wisconsin-Madison e líder do estudo, descobriu o efeito da transtirretina enquanto estudava camundongos com genes defeituosos obtidos de pacientes humanos com mal de Alzheimer. Os genes levaram os animais a produzir níveis anormais da proteína beta-amilóide, mas o uso da transtirretina fez com que não apresentassem sintomas da doença.

TAG: Hospital