faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

O uso da matemática no combate à pandemia

Article-O uso da matemática no combate à pandemia

matemática

A Paragon Decision Science também descobriu solução ideal sobre como entregar estes materiais em todo o país e adequar estoque por 60 dias. Modelo matemático foi feito a pedido do Ministério de Infraestrutura. A Paragon doou os serviços ao governo federal.

Imagine receber o seguinte desafio: calcular a quantidade ideal de equipamentos de proteção (EPIs) que as equipes médicas que trabalham em UTIs precisariam para enfrentar a pandemia de Covid-19 por 60 dias em TODOS os hospitais públicos e privados do Brasil.

Este foi o “problemão” colocado para o CEO da Paragon Decision Science, Luiz Augusto Franzese, pelo Ministério da Infraestrutura. O governo federal precisava não só descobrir quantos equipamentos eram necessários, mas também como fazer a distribuição disso tudo pelos hospitais do país inteiro em tempo recorde. E ainda com a missão de que não faltassem máscaras, luvas e outros itens essenciais para a proteção dos profissionais de saúde.

Augusto não só aceitou o desafio como fez tudo sem cobrar pelos serviços. Correu atrás de todos os dados, do número de hospitais que o Brasil tem atualmente, de quais eram os itens essenciais de proteção e de como entregar este conjunto de materiais em cada um dos rincões do Brasil. Criou um simulador e rodou vários cenários de entrega dos materiais até chegar ao modelo ideal. “Não foi nada fácil. Mas conseguimos disponibilizar ao ministério qual era a quantidade ideal de equipamentos necessários para proteger as equipes e como fazer isso chegar a todos os hospitais rapidamente”, conta o CEO da Paragon.

O estudo ficou pronto em meados de maio e o simulador foi doado ao governo, a quem cabe agora realizar a entrega dos equipamentos calculados no estudo.

A Paragon também treinou vários funcionários do governo federal, de diversos ministérios, para que pudessem utilizar o simulador.

Augusto chegou a números impressionantes. Descobriu, por exemplo, que para apenas 1 leito de UTI são necessários 96 aventais descartáveis por dia. Quem o ajudou a fazer esta conta foi a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), que calculou o tamanho da equipe médica necessária para uma UTI e quantas vezes esta equipe precisa entrar e sair do leito de UTI em um só dia. “Toda vez que um auxiliar de enfermagem sai de um leito para outro ele precisa trocar de avental”, explica.

O CEO da Paragon contou também com a ajuda do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que disponibilizaram dados como os atuais voos regulares, capacidade dos aviões, entre outros dados. Augusto traçou um cenário de distribuição que envolve o uso de avião e caminhão, e cujo tipo de transporte pode variar conforme o tamanho da carga que precisa ser enviada. Estabeleceu ainda 47 centros de distribuição dos materiais, tendo Guarulhos como centro nacional de abastecimento. “A partir dali você abasteceria o Brasil inteiro ou por avião, ou por caminhão ou com avião mais caminhão”, explica.

Ao todo, foram listados 8 equipamentos de proteção individual (epis) essenciais às equipes médicas: álcool etílico, álcool em gel, avental descartável, luva não cirúrgica, máscara cirúrgica, máscara N95/PFF2, propé (protetor para os sapatos) e touca hospitalar.

Em agradecimento ao trabalho prestado, a Paragon recebeu um oficio do Ministério da Infraestrutura com cumprimentos pela excelência dos serviços. “É sabido que em tempos de crise e em situações de emergência nacional são necessárias ações rápidas por parte do Poder Público para a garantia do bem-estar social. No cenário de calamidade instaurado pelo novo coronavírus, a Paragon se dispôs a atuar no desenvolvimento de uma ferramenta de modelagem da distribuição de Equipamentos de Proteção Individual - EPI para os hospitais que atuam no enfrentamento da doença. Nesse contexto, merecem destaque o compromisso demonstrado pela empresa para com a sociedade brasileira, a excelência técnica, o caráter inovador do produto desenvolvido e a celeridade e disponibilidade dos colaboradores envolvidos no atendimento das demandas do Ministério da lnfraestrutura”.