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O "Ser " no tempo presente e o impacto nos negócios

Article-O "Ser " no tempo presente e o impacto nos negócios

Na abertura da 10° edição do Saúde Business Forum, keynote speaker Francisco Teixeira propõe uma reflexão sobre a ação do homem contemporâneo

O tempo está mais veloz? Os dias passam mais rápido do que antigamente? Depende de quem o vive e como vive. Depende também da perspectiva do homem através das Eras e dos séculos. E para os presentes da contemporaneidade, ou seja, nós, há um grande desafio à frente: o de construir o amanhã. Essa foi a reflexão proposta pelo professor de História Moderna e Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Francisco Teixeira, durante a abertura da 10° edição do Saúde Business Forum, que ocorre de 19 a 23 de setembro, na Praia do Forte (BA).
?O tempo tem velocidades diferentes, ele não é igual para todos em todos os lugares e em todos os sentidos. O ser do tempo presente não é igual. Para alguns é rápido e para outros, não?, afirmou o keynote speaker.
O ?Ser do Tempo Presente? está cada vez mais próximo e vivendo em redes. As pessoas vivem em um mundo mais integrado e essa rede de aproximação impacta diretamente na questão do espaço. De acordo com Teixeira, é como se essa interligação de pessoas e ações simultâneas resultassem em uma redução do espaço em relação ao tempo. ?O espaço se encolhe na rapidez do tempo, é como se o espaço de dobrasse?.
É essa é a real globalização. Longe do conceito que limita à questão comercial dos negócios, ela trata de um mundo ?menor? e com pessoas mais integradas dentro de uma aldeia global e conectada. A relação ocorre nas redes, onde há as práticas simultâneas e compartilhamento do mesmo espaço. ?A globalização são as redes e se você não se está nela, você não existe no processo de globalização?, pontuou.
Isso está claro na divisão do mundo atual, onde segundo ele, não está mais dividido entre ocidente e oriente, e sim, incluídos e excluídos. Nações onde há o processo de globalização e lugares onde se impede que ela ocorra. ?A grande diferença é o mundo plugado e onde há resistência de se estar plugado. Essa é a grande mudança?, disse, citando o exemplos de sociedades fechadas, onde ainda há controle sobre as informações divulgadas na internet.
Nem sempre foi assim..
Como historiador, Teixeira está acostumado a narrar os acontecimentos pela marca do tempo. Mas e a história do próprio tempo? Foi essa contextualização sobre os grandes acontecimentos e rupturas da percepção de tempo pelo ser humano, que ele abordou durante a palestra. São três grandes marcas: a percepção do tempo pela natureza, a revolução do tempo pela máquina e o tempo de hoje.
Antigamente, o tempo era dado pela mecânica celestial, pelo sol e lua, dia e noite e contado pelas estações do ano. Com a primeira ruptura, veio o tempo da máquina e a Revolução Industrial trouxe a conta das horas, minutos e frações de segundo.
Por último, há o tempo presente. Onde se vive uma crise econômica e países emergentes conquistando lugares de antigas potências. Isto oferece ao Brasil grandes oportunidades de avanço e desenvolvimento dos negócios " O País está vivendo uma ruptura enorme. Como fazer para o Brasil chegar ao seu potencial máximo?", refletiu.
Este novo tempo afeta diretamente o mundo dos negócios. Teixeira diz que elementos como código de ética, meio ambiente, infância, política de empregos afirmativos (que considera diversidade sexual, etnia e religião) e transparência já estão na pauta de muitas empresas. ?Não temos certeza do futuro e ele não dá chance de descanso ele exige que se trabalhe deles todos os dias?, finalizou.