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O cenário da radiologia odontológica no Brasil

Article-O cenário da radiologia odontológica no Brasil

O cenário da radiologia odontológica no Brasil

Saturando em alguns poucos estados, ainda é uma das melhores oportunidades de negócios na área da saúde no Brasil

Fonte: Geografia Econômica da Saúde no Brasil

Radiologia Odontológica é desconhecida até mesmo pela maioria absoluta dos profissionais que atuam no segmento da saúde:

·         Evidentemente o dentista e o gestor de operadora de planos de saúde que lida com credenciamento estão bem envolvidos com ela;

·         Os demais ou não conhecem bem sobre ela, ou até conhecem mas não tem a dimensão do tamanho deste mercado de negócios da saúde.

Em 2019 o CNES totalizou 61.883 equipamentos de Raio-X odontológicos no Brasil:

·         Quase o dobro dos equipamentos de Raio-X da assistência Médica (34.128);

·         E quase um terço do número de dentistas (205.000) ... quase 1 equipamento de RX para cada 3 dentistas é uma proporção que surpreende muita gente !

Mas se existe uma especialidade na saúde em que a diferença no nível assistencial é absolutamente gritante dependendo da região do Brasil, esta é a odontologia – para as pessoas da minha faixa etária é mais simples entender:

·         Quando era jovem o dentista fazia todos os seus procedimentos no escuro;

·         A prática de radiografar a boca para tratar os dentes era raríssima ... muito restrita às pessoas da alta classe econômica;

·         Hoje é bem diferente – poucos se arriscam a definir um planejamento sem o suporte de, pelo menos, uma panorâmica.

O desenvolvimento da odontologia anda junto com o desenvolvimento da radiologia odontológica.

Os gráficos a seguir, que tabulam dados do CNES de 2019, permitem avaliar que a diferença de tecnologia odontológica nas várias regiões do Brasil é imensa.

(*) Todos os gráficos e dados são partes integrantes do Estudo Geografia Econômica da Saúde no Brasil – Edição 2020.

Este ilustra a distribuição do volume de equipamentos por UF:

·         A variação entre a UF que tem menos para a que tem mais é de quase 180 vezes;

·         Nada proporcionalmente comparável a variação de população, dentistas, PIB ...

·         Somente este já indica a grande variação de qualidade que existe (na média) nos tratamentos dentários entre as várias UFs Brasileiras.

Mesmo recorrendo ao indicador Per Capita verificamos que a variação ainda é enorme:

·         Quase 8 vezes entre a UFs com menor e maior indicadores;

·         É interessante ressaltar que a UF que tem o maior indicador (PR) é o 5º em população e em PIB, demonstrando que a densidade está relacionada a outros fatores.

Paraná e Espírito Santo são as UFs que se destacam em relação à média nacional.

Tivemos um aumento de 5.592 equipamentos entre 2017 e 2019:

·         Um aumento de 9,9 % em apenas 2 anos;

·         Como referência, equipamentos de Raio-X para assistência médica evoluíram no mesmo período 7,8 % ... quase 2 pontos percentuais a menos.

Também para ilustrar as diferenças entre as diversas UFs, este gráfico ilustra a distribuição dos dentistas:

·         Nota-se que ele tem perfil bem diferente tanto da distribuição de equipamentos, como da distribuição Per Capita de equipamentos;

·         Ou seja, a oferta de equipamentos para realizar os exames que os dentistas necessitam é muito diferente.

Então construímos o gráfico de dentistas por equipamento de Raio-X odontológico:

·         Nota-se a oferta em algumas UFs é grande. No Paraná para cada 2 dentistas existe 1 equipamento de Raio-X – é próximo de se ter um equipamento em cada consultório;

·         Mas no Piauí são quase 8 dentistas por equipamento.

Este cenário remete aos dois temas mais frequentes no meio:

·         Existem mercados chegando à saturação, mas ainda existem mercado praticamente inexplorados de forma estruturada, com ótimas oportunidades de negócios;

·         Nas UFs mais saturadas o gestor das unidades de radiologia odontológica, que se acostumou a uma margem de lucro motivadora, começa a enfrentar uma concorrência que naturalmente está derrubando os preços praticados.

O segundo ponto é fato em alguns estados das regiões Sul e Sudeste:

·         Pessoalmente conduzi um programa de capacitação para gestores de unidades de radiologia odontológica;

·         O programa focava em uma metodologia simples para cálculo da rentabilidade das unidades de negócios, e do custo por procedimento para avaliar preços, pacotes e contratualizações;

·         A metodologia tradicional baseada nos complexos controles da contabilidade de custos aplicada em grandes empresas não é prática – não adere a estrutura que este tipo de empresa tem, especialmente porque a maioria está enquadrada no lucro presumido e os registros contábeis são praticamente inexistentes na parte de custos;

·         A maioria dos gestores, apesar de atuarem na gestão de serviços de RO há anos, nunca teve contato com a metodologia e tem dificuldade de manter sua empresa competitiva no mercado.

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