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Nova técnica permitirá diagnóstico precoce de patologia ocular

Article-Nova técnica permitirá diagnóstico precoce de patologia ocular

Método usa fórmulas matemáticas para analisar imagens fornecidas por exames de fundo de retina, facilitando a detecção da neovascularização do globo ocular

O Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP acaba de desenvolver uma técnica inovadora de visão computacional vai facilitar o diagnóstico precoce da neovascularização do globo ocular, que causa perda de visão em diabéticos. O método usa fórmulas matemáticas para analisar imagens fornecidas por exames de fundo de retina. O protótipo do software para auxílio a diagnósticos deverá estar pronto em 2005. O professor do IME, Roberto Marcondes Cesar-Junior, coordenador da pesquisa, explica que a neovascularização causa o crescimento dos vasos sanguíneos do olho, obstruindo os fotoreceptores e prejudicando a visão. Ele destaca que a análise de fotos da retina já é usada pelos médicos para identificar casos de diabetes e que com o programa será possível analisar as imagens, calcular o índice de vascularização do olho e identificar a possibilidade de surgirem novos vasos, antecipando o diagnóstico das fases mais crônicas da doença.
Marcondes afirma que a visão computacional utiliza-se de fórmulas matemáticas e algoritmos para fazer a análise das imagens. Assim, segundo o especialista, as características do objeto filmado são transformadas em senos e co-senos e a quantidade destes valores é medida em coeficientes, que servem para diferenciar e analisar os objetos.O professor explica que o software analisará imagens em baixa resolução, evitando a aplicação de contraste e a dilatação da retina para o exame.
O programa para exames de fundo de retina está sendo desenvolvido por João Vitor Baldini Soares e Jorge Jesus Gomes Leandro, pós-graduandos do IME orientados por Marcondes. "A pesquisa é realizada em colaboração com a School of Community Health da Charles Stuart University, da Austrália, que lida com as questões médicas e biológicas do estudo", relata.
De acordo com o professor, a parte de computação e a interface com o usuário está sendo pesquisada e testada no Brasil. O protótipo deverá estar pronto no final de 2005 e ficará disponível como software livre na Incubadora Virtual de Conteúdos Digitais da Fapesp. O site do projeto é http://retina.incubadora.fapesp.br/portal.
Além da utilização em Medicina, Marcondes ressalta que a visão computacional poderá ser utilizada também na identificação de pessoas desaparecidas. "Por intermédio de uma fórmula conhecida como transformada de Fourier-Bassel, é possível encontrar faces de pessoas em uma imagem e extrair suas medidas, fazendo a identificação", diz. "Programado com as características dos desaparecidos, o programa poderia ser usado para analisar imagens captadas em estações de transporte ou locais públicos".

TAG: Hospital