faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Na geriatria, a teleconsulta surpreende médicos e pacientes

Article-Na geriatria, a teleconsulta surpreende médicos e pacientes

5 aplicações digitais que os idosos querem, segundo Accenture

Para os pacientes que estão entre o grupo de maior risco para a Covid-19, a teleconsulta tem se revelado um recurso que vai além de contribuir com a necessidade de isolamento social. A tecnologia está construindo uma forma de relacionamento ainda mais próxima entre médico geriatra e paciente e proporcionando cuidados com a saúde ainda mais eficientes

Cerca de 30% da carteira de vidas da Conexa Saúde, maior plataforma independente de telemedicina do Brasil, são de pessoas com idade acima de 65 anos. Isso representa um total de 1,2 milhão de pessoas que têm a sua disposição a possibilidade de usufruir de uma teleconsulta. Um benefício importante, principalmente, em tempos de pandemia do novo coronavírus e da necessidade de isolamento social desse grupo de alto risco para Convid-19.

Usuária da plataforma da Conexa Saúde, a médica geriatra do Hospital Santa Paula, Maristela Soubihe, atende em seu consultório pacientes entre 50 e 99 anos e avalia que a teleconsulta, diferentemente do que muitos podem pensar, contribui para aproximar ainda mais médico e paciente. “Eu fico mais disponível em termos de horários e tenho contato mais vezes com meu paciente, o que em geriatria é de extrema importância. Também posso atender situações de urgência de maneira mais rápida e segura se estou fora do consultório”, afirma.

“Com a teleconsulta, eu entro na casa do paciente”

A médica tem atendido cerca de metade de sua clientela por teleconsulta durante a pandemia e aponta outros benefícios da tecnologia, além da contribuição com o isolamento social dessa população em tempos de pandemia. “Em uma teleconsulta eu entro na casa do paciente e posso ver a caixinha do remédio, o chinelo que ele usa, o travesseiro e a cama que ele dorme. Dados importantes no cuidado do idoso”, afirma. Nas consultas presenciais, informações como essas, explica a especialista, são descritas e sempre carregam subjetividade.

Sobre dificuldades com a tecnologia, Maristela diz que podem existir e são mais frequentes na faixa etária a partir dos 70 ou 75 anos ou de um paciente mais debilitado. Nesse caso, o idoso pode precisar de ajuda de um familiar ou do cuidador para baixar o aplicativo, inserir senha e fazer a chamada. No entanto, esse seria o paciente que em uma consulta presencial estaria acompanhado de alguém.

Mas a dificuldade de lidar com a tecnologia está longe de ser regra entre os idosos. Há pessoas como Wilsonia Mesquita Andrade Alves, 73 anos, que já em sua primeira experiência com teleconsulta passou a ser defensora da facilidade. Moradora da cidade de Guarullhos (SP), ela conta que foi avisada pelo seu convênio durante a pandemia sobre a possibilidade da teleconsulta por meio do aplicativo da Conexa Saúde. “Fiquei curiosa e assisti o vídeo com o passo a passo e já treinei”, diz.

“Um anjo da guarda no celular”

Dias depois, em casa acompanhada do marido que é idoso e tem problemas de saúde, Wilsonia começou a sentir uma forte de ouvido. “Se não tivesse o aplicativo eu teria que ir até ao atendimento mais próximo de meu plano de saúde que fica no bairro de Santana, em São Paulo”, diz. Decidiu testar o aplicativo. Ela conta que foi rapidamente atendida por vídeo no celular por uma profissional de saúde que fez uma série de perguntas sobre seu estado e na sequência passou para a médica otorrinolaringologista. “Fui atendida com o mesmo cuidado e atenção de uma consulta presencial. Além de perguntar sobre sintomas, histórico de saúde, pediu para pressionar as regiões que estavam com dor e explicar a sensação”, explica.

Segundo Wilsonia, a médica prescreveu um medicamento para pingar no ouvido, mandou a receita digital pelo celular e ficou de ligar em dois dias para ver como ela estava passando. Entre a consulta, a compra do remédio e sua medicação foram apenas duas horas e a noite, a paciente já estava sem dor. Dois dias depois, conforme combinado, Wisonia recebeu a ligação da médica. “Fiquei maravilhada com a facilidade da tecnologia e a qualidade do atendimento. Para nós que temos mais idade é como ter um anjo da guarda no celular”, conta.

TAG: Archive