Uma Estação Médica Digital, ferramenta que permite o acompanhamento de procedimentos cirúrgicos, auxílio em diagnósticos e a troca de informações entre profissionais separados geograficamente, foi lançada oficialmente durante a Hospitalar 2003 pela Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP em parceria com o Hospital das Clínicas da FMUSP, Incor, Escola Politécnica da USP, Telefônica, TES e Certisign. A Estação permite o apoio à educação continuada: com os equipamentos de vídeoconferência, professores da FMUSP poderão transmitir aulas ao vivo para qualquer instituição de ensino ligada ao sistema.
A solenidade de inauguração contou com a presença do Ministro da Saúde, Humberto Costa, do professor Adib Jatene e do coordenador do projeto, professor György Böhm, além de outras autoridades da área. O Ministro enfatizou a importância da iniciativa, como possibilidade de otimizar a área de saúde e ajudar no processo de educação continuada. "Não podemos mais ignorar os avanços das telecomunicações", afirma.
Para Jatene, entre as vantagens da Estação está a possibilidade de qualificar os cerca de 160 mil agentes comunitários do Programa de Saúde da Família. "Todos os lugares onde existe a possibilidade de transmissão estão sendo conectados", informou Jatene. Ele lembrou também da importância da teleducação. "Temos hoje cerca de 120 faculdades de medicina no Brasil, mas nem todas têm recursos para um desenvolvimento estrutural adequado ao ensino".
O projeto pode beneficiar ainda os cerca de 4,8 mil municípios brasileiros com população inferior a 50 mil habitantes. "A técnica pode levar especialistas a esses municípios a um preço bem razoável", afirma György Böhm. "Qualquer grande centro brasileiro é capaz de utilizar a tecnologia para atender ao maior número possível de pacientes".
