Uma equipe de seis médicos e um técnico do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), referência do Ministério da Saúde para o tratamento de doenças cardíacas, embarca no dia 6 de junho para a Argélia, onde participa de uma missão de cooperação. Durante dez dias, os profissionais brasileiros treinarão equipes de cirurgia do país para procedimentos cardiovasculares em crianças. O objetivo é que sejam realizadas em torno de 20 cirurgias neste período.
A ação faz parte de um convênio de cooperação em capacitação cirúrgica pediátrica firmado em 2007, sob coordenação do Ministério das Relações Exteriores, através da Agência Brasileira de Cooperação e executado pelo Ministério da Saúde por meio do INC. O convênio permite o tratamento de crianças em seu país de origem, sem que haja a necessidade de se deslocarem para a Europa para se tratarem. ?Já foram realizadas em torno de nove missões e a expectativa é de que, com essa, atinjamos o total de 150 crianças atendidas através do convênio nas mais diversas faixas etárias?, explica o médico cirurgião e chefe da missão, Denoel de Oliveira, em nota.
Antes do convênio ser firmado, os pacientes da Argélia eram operados em países como França e Bélgica, com alto custo para o governo local. ?Hoje, depois dos treinamentos, os profissionais argelinos já conseguem realizar cirurgias cardíacas pediátricas simples de forma independente?, destaca Denoel.
Os treinamentos durante as missões acontecem em um hospital público da cidade de Argel, capital da Argélia, e abrangem todo o sistema envolvido em uma cirurgia cardíaca pediátrica, que vai desde os médicos até as enfermarias.
Além da missão na Argélia, um grupo de três profissionais formado por dois enfermeiros e um técnico segue no dia 21 de junho para uma missão na Mauritânia, país localizado na parte atlântica do deserto do Saara, onde ainda não são realizadas cirurgias cardíacas de rotina. ?Esta equipe treinará profissionais de um hospital que está sendo montado no país para realização de cirurgias cardíacas. O trabalho de capacitação na Mauritânia está começando da base.
Não existem profissionais capacitados no país, e até mesmo os medicamentos e equipamentos utilizados por lá são importados de outros países. O objetivo é capacitar os profissionais locais e formar equipes próprias para realização de cirurgias cardíacas de rotina?, argumenta o cirurgião.
A equipe que visita a Mauritânia realizará na região a primeira missão específica de treinamento. O país já recebeu duas missões de especialistas brasileiros, mas apenas para levantamento de informações e diagnóstico da capacidade técnica e operacional local.
*Informações com Assessora de imprensa
