Mais que superar a imagem de mera fabricante de impressoras, a Lexmark ? que pelo menos desde 2010 aposta também em soluções de impressão e gerenciamento de imagens ? busca ampliar sua participação no mercado de Saúde. O reforço estratégico da empresa no setor inclui, é claro, o fornecimento dos bons e velhos hardwares (impressoras e multifuncionais), além de softwares que compõem soluções integradas customizáveis para negócios específicos.
Atualmente, a Lexmark possui na carteira de clientes globais cerca de 1,2 mil organizações de saúde, boa parte oriunda de nove empresas de software adquiridas nos últimos três anos ? incluindo a Perceptive Software. O grupo faturou US$ 4 bilhões no último ano fiscal, cerca de 20% com software. Destes 20%, metade vem do setor de saúde. Segundo Fernando Fagundes, gerente de soluções da Lexmark, a proporção é próxima da registrada na filial brasileira.
?São raríssimos os hospitais 100% sem papel?, disse o executivo em entrevista ao portal Saúde Web. ?O setor de saúde é um dos que mais imprime, mesmo com prontuário eletrônico. Inclusive em hospitais com alto índice de automação. O acompanhamento de sinais vitais dos pacientes, por exemplo, ainda são feitos em pranchetas. O que fazemos é juntar os dois mundos.?
Os projetos da empresa para o setor giram em torno do conceito de Hospital Sustentável, que busca reduzir ou eliminar o trânsito (e não a impressão) de papéis nas instituições. Mesmo quando o papel é inevitável, os documentos gerados ou recebidos podem ser digitalizados de forma descentralizada e disponibilizados para consulta, praticamente em tempo real.
Para isso, somadas às tradicionais impressoras, as soluções da marca incluem para a área de saúde incluem o Mobile Print (impressão a partir de dispositivos móveis), Captura Única com Classificação Automática de Documentos (trânsito de documentos digitalizados entre locais de tratamento) e Captura Direcionada (captação de documentos obrigatórios de processos por meio de um aplicativo instalados nas próprias impressoras multifuncionais).
Fagundes explica que essas soluções são capazes de suprir necessidades diversas dos hospitais, inclusive para registros e admissões, relatórios, formulários de rotina e ordens administrativas, até comunicações internas sobre pacientes. ?Na área de admissão de um hospital, por exemplo, estas soluções permitem agilizar o processo e dão eficiência nos trâmites internos, com aderência à resolução 1821/07 do CFM, que trata do registro eletrônico de informações de saúde.?
Segundo o executivo, os maiores cases da Lexmark, inclusive no Brasil, estão na área de saúde. Ele cita o Hospital Infantil Sabará, em São Paulo (SP), que utiliza soluções de digitalização e gestão de conteúdo, bem como a americana Clínica Mayo, com soluções semelhantes. O próximo passo é entrar nas operadoras de planos de saúde, principalmente na digitalização e gestão de faturas médicas.
?O que a gente precisa é colocar a boca no mundo dizendo que não somos só isso [impressão]?, pondera Fagundes. As soluções da empresa, diz o executivo, se apresentam como oportunidade para consolidar informações não-estruturadas em todas as áreas funcionais do dia a dia das organizações de saúde, sejam grandes conglomerados hospitalares, hospitais individuais, comunitários ou de pequeno porte instalados em áreas rurais.
