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Tem investimento para quem?

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Os investidores têm gostado bastante da área de saúde digital e os número só apontam para o crescimento.

Só em 2014, já ultrapassamos os $3 bilhões e dobramos o que foi visto no ano passado. A cada novo investimento, é um novo projeto e um grupo de pessoas sendo atingidas para que sua saúde seja melhorada.

No entanto, como foi publicado no Wall Street Journal, alguns profissionais têm criticado o fato de a maioria dos investimentos serem feitos em saúde digital para pessoas saudáveis e não para pessoas doentes. Ou seja, a crítica está no fato de que muitos wearable devices, gadgets e serviços estão focados no mundo do fitness, sendo que há muito espaço para prevenção e tratamento de doenças. “Há muito barulho, muito dinheiro. Mas isso não vai durar”, disse Adam Schlifke, anestesiologista que já trabalhou por anos com empreendedorismo.

Para ele, os investidores deveriam estar focando em grupos que precisam muito mais deste tipo de atendimento: os doentes crônicos, a terceira idade e as pessoas sofrendo de poli-doenças.

Um dos pontos de não haver tantos investimentos em pacientes doentes é a regulação pelo FDA, que pode ser mais complicada do que nos casos de fitness. Outro ponto que dificulta a criação de devices para pacientes já doentes é o reembolso (ou a falta dele) pelas companhias de seguros de saúde.

A promoção de saúde é uma das maneiras mais baratas de ter uma população saudável, já que, se bem realizada, evita que ela tenha condições que antes eram associadas aos hábitos e ao estilo de vida, como doenças crônicas associadas a tabagismo, sedentarismo e álcool, por exemplo.

“O futuro é a combinação dos dois”, disse Dr. Schlifke, se referindo ao consumo de saúde digital focada no fitness e no bem-estar e ao mercado de doenças pré-existentes.

Desenvolvedores têm criado sensores feitos para casas, que podem detectar padrões e suas alterações em pacientes mais velhos e/ou doentes e avisar caso encontre um possível problema. No entanto, este tipo de device precisa receber investimento para que milhões de pacientes que precisem deles tenham acesso.

Outra área que precisa de fortes investimentos é a de diagnósticos. O diagnóstico precoce de algumas doenças pode determinar o sucesso do tratamento e a redução de custos por parte do provedor.

Para nós, a crítica tem fundamento, já que há muitos outros campos que não o bem-estar para receberem investimento, mas também entendemos que que a promoção de saúde e o potencial de aumento de qualidade de vida, resultando em menor ocorrimento de doenças no futuro é uma abordagem que precisa ser feita, reforçada e priorizada para que a saúde digital seja fator determinante na condição de saúde e qualidade de vida dos indivíduos.