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EUA gastam mais de $700 bilhões desnecessariamente em saúde

Article-EUA gastam mais de $700 bilhões desnecessariamente em saúde

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Como vimos no Ebook “A doença dos custos”, os custos de saúde têm aumentado bastante e essa tendência não parece mudar tão cedo.

, os custos de saúde têm aumentado bastante e essa tendência não parece mudar tão cedo. Só nos Estados Unidos, este valor chega a $2,5 trilhões e é bastante difícil saber quanto deste dinheiro está sendo usado indevidamente, gerando gastos excessivos e desnecessários. Um dos maiores desafios de inovação em saúde é ter uma maneira de redução deste tipo de gasto sem perder - e ainda aumentando - a qualidade.

Há diversos sinais que mostram que muitos desses gastos pouco melhoram a produtividade em saúde e, em certas circunstâncias acabam sendo associados a resultados de saúde piores.

Frente a esses desafios, o Institute of Medicine (IOM), com apoio da Peter G. Peterson Foundation, realizaram quatro encontros em 2009 com o tema “The Healthcare Imperative: Lowering Costs and Improving Outcomes”. Esses encontros exploraram a natureza dos excessos de custos em saúde e definiram algumas atividades que podem ser as grandes vilãs neste tipo de excesso.

Seriam esses:

  • Serviços desnecessários,
  • Serviços entregues de maneira ineficiente
  • Altos preços
  • Excesso de custos administrativos
  • Oportunidades perdidas de prevenção
  • Fraudes médicas

A dificuldade para medir este tipo de fator, a subjetividade inerente a índices como qualidade e oportunidades, por exemplo, torna a precisão nos cálculos do excesso bastante difícil de ser conseguida. No entanto, foram feitos alguns cálculos aproximados em três abordagens diferentes: variação geográfica, comparação entre gastos americanos com gastos da OECD e soma de médias mais baixas de alguns domínios. As três abordagens resultaram em aproximadamente $750 bilhões, $760 bilhões e $765 bilhões, respectivamente em valores para gastos excessivos em saúde nos Estados Unidos.

Certamente, esta abordagem serve para o sistema americano, mas devemos concordar que muitas delas, senão todas, são bastante comuns na realidade brasileira. Alguns fatores foram considerados os responsáveis para que os pesquisadores tivessem estes resultados. São eles:

  • Incerteza científica;
  • Economia perversa e incentivos práticos;
  • Fragmentação do sistema;
  • Opacidade em relação a custo, qualidade e resultados;
  • Mudanças no status de saúde da população;
  • Falta de engajamento do paciente nas decisões;
  • Baixo investimento em saúde populacional;

Novamente, estes dados são relacionados à realidade americana, mas podem ser facilmente repassados para o dia a dia brasileiro a fim de comparação. Já como proposta de mudanças, o paper diz que devemos tomar atitudes como a regulação padronizada das seguradoras de saúde, a consistência e simplificação administrativa; a mudança de pensamento no que se retrata a pagamentos para focos em resultados e valores, a qualidade e consistência do tratamento; transparência de preços, qualidade e resultados; dados protegidos e acessíveis e outros.

Segundo as discussões que este grupo teve no encontro, a inovação em saúde deve aparecer na redução de custos relacionados ao cuidado, na redução de custos de administração e em reformas relacionadas à área.

A Rock Health simbolizou que deve investir em startups de saúde que tenham este desafio como seu core business. Outros dois focos da aceleradora são o aumento da produtividade de P&D de farmacêuticas e a qualidade da informação online acessível para os pacientes.