Com modelo inédito no país, Estímulo 2020 chega ao estado após apoio de Vale e Dasa
O Estímulo 2020, primeiro fundo 100% privado do Brasil de apoio aos pequenos negócios afetados pela crise da COVID-19, estará disponível para empresas do Rio de Janeiro a partir desta quarta-feira, 12. Com apoio de marcas como Vale, Dasa e ENGIE, entre outros doadores, a iniciativa vai oferecer R$ 10 milhões em auxílio financeiro para as empresas locais. Inspirada nos relief funds dos Estados Unidos, o Estímulo 2020 entra em seu quarto mês de vida com mais de 500 empréstimos concedidos e 140 milhões de reais levantados, somando os valores arrecadados em São Paulo, Minas Gerais e, agora, no Rio. Desde seu lançamento, em maio, o projeto já recebeu cerca de 16 mil pedidos de crédito, totalizando mais de 7 bilhões de reais. “É com muita satisfação que participamos deste programa para apoiar pequenos empreendedores afetados pela pandemia no Rio de Janeiro. O propósito do Estímulo 2020 se conecta com a estratégia da Vale de ser uma catalisadora do desenvolvimento sustentável nas áreas em que atuamos, incentivando parcerias que tragam benefícios de longo prazo para a sociedade”, afirma Eduardo Bartolomeo, diretor-presidente da empresa, responsável pelo maior aporte à edição fluminense da iniciativa.
O projeto reúne executivos, empresários, artistas, empreendedores sociais e empresas que contribuíram com os recursos financeiros e oferecem gratuitamente conteúdos de capacitação profissional, em temas como Educação Financeira, Gestão, Empreendedorismo e Inovação, entre outros. “Nosso apoio a essa iniciativa é coerente com as ações que estamos desenvolvendo desde o início da pandemia. Acreditamos que todos sairemos mais fortes dessa situação se nos ajudarmos e se apoiarmos aquelas empresas que são mais vulneráveis, que empregam muitas pessoas e estão conectadas a diversas cadeias de valor”, afirma o CEO da ENGIE Brasil, Mauricio Bähr.
O Estímulo 2020 oferece capital de giro no valor equivalente a até um mês de faturamento (pré-pandemia) das empresas, com juros de 6,5% ao ano, carência de 3 meses e pagamento em até 15 parcelas. Os critérios de concessão vão considerar indicadores operacionais e histórico das empresas solicitantes. O movimento continua captando doações e atraindo novos parceiros no mercado. Para Romeu Domingues, co-chairman da Dasa, o modelo foi bem recebido pelo mercado: “Estamos vivendo um momento crítico com a pandemia no Rio, no Brasil e no planeta. O Estímulo 2020 é um projeto extremamente bem estruturado que pode ajudar pequenas empresas a sobreviverem diante desse cenário de crise. O projeto conquistou nossa confiança e solidariedade; vamos juntos enfrentar esse desafio”.
Idealizador do projeto, Eduardo Mufarej, do fundo de investimentos GK Ventures, reforça o potencial de expansão do Estímulo 2020. “Depois do grande sucesso em São Paulo e Minas Gerais, o Estímulo finalmente chega ao Rio. Como primeiro relief fund brasileiro, a ideia do Estímulo 2020 sempre foi justamente essa: unir todos aqueles que sabem que a força da nossa economia está nessas empresas, que geram empregos e renda para a população. Fico muito feliz por termos tido o pioneirismo nesse tipo de iniciativa, que foi abraçada por inúmeros parceiros em São Paulo e Minas Gerais e no Rio. Graças a marcas como a Vale, a Dasa e a ENGIE, pudemos dar mais esse passo fundamental para fazer os recursos chegarem a quem mais precisa, com rapidez e sem burocracia”, defende.
Para ter acesso ao auxílio financeiro e aos demais benefícios, os interessados devem se cadastrar no site e completar um curso online de educação financeira. Além do acesso ao capital, todos poderão acessar gratuitamente os conteúdos da plataforma, que inclui cursos, palestras e atividades de mentoria para os negócios.
Balanço – Após pouco mais de três meses de atividade, o Estímulo 2020 já concedeu mais de 500 créditos para empresas de 14 setores, em cerca de 14 milhões desembolsados. A média dos valores emprestados é de 75 mil reais por empresa (algumas em 3 parcelas, outras em 2 parcelas) e os segmentos mais beneficiados até aqui foram: varejo, alimentação e serviços. Em geral, os recursos são usados para capital de giro, principalmente para pagamentos de funcionários e fornecedores.
