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Inflação médica vai chegar a 18% em 2015, prevê estudo

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Pesquisa da Aon projeta crescimento acima da média mundial, que será de 10,15%



As tendências do mercado de saúde apontam para uma maior variação do

Custo Médico e Hospitalar (VCMH), conhecida como inflação médica, segundo estudo global da consultoria Aon. A pesquisa aponta que o índice vai alcançar 18,09% em 2015, acima dos 16,12% registrados no ano passado. O resultado é três vezes maior do que a inflação geral do País, projetada em 7,01% pelo último Boletim Focus, e ganha também da média mundial, estimada em 10,15%. 


Dentre os motivos para o aumento do custo estão a valorização do dólar frente ao real, uma vez que equipamentos e medicamentos em sua maioria são importados; o déficit de leitos hospitalares privados nos grandes centros urbanos; além da pressão da classe médica por melhorias no valor dos honorários. O vice-presidente de benefícios globais e contas estratégicas para a América Latina da Aon, Humberto Torloni Filho, chama a atenção para a demanda desordenada.


“Existem muitas pessoas que ainda tem como costume procurar prontos socorros para solucionar problemas de saúde específicos, que na realidade devem ser atendidos em consultórios, clínicas, ou hospitais de referência. Agindo dessa maneira inadequada, o paciente perde tempo realizando exames e tratamentos desnecessários, sem que o problema seja de fato resolvido”, exemplificou em comunicado ao mercado. 


Acompanhando o setor de saúde, eu diria que não são muitas, mas a maioria das pessoas tem esse costume. Nosso modelo ainda é hospitalocêntrico, o que acarreta grande desperdício para o sistema. 


Torloni Filho acrescenta que, atualmente, as internações representam aproximadamente 50% dos custos da assistência médica privada no Brasil. Em seguida, aparecem as consultas (25%) e exames (20%). Os outros casos são responsáveis por 5% da demanda.

Panorama global
Realizado em 84 países de todos os continentes, o levantamento da Aon mostrou que a média mundial da inflação médica deve registrar índice de 10,15% em 2015, queda de quase 1% em relação ao ano passado – quando foi de 10,34%. Embora haja uma diminuição do crescimento dos custos médicos, continentes como Ásia, Europa e América Latina deverão elevar suas taxas.

 
Para Torloni Filho, os motivos que levam o avanço da inflação médica na América Latina e Ásia é a retração da participação do poder público nos custos de saúde, obrigando o setor privado a absorver cada vez mais responsabilidades. O motivo fica ainda mais justificado depois da PEC 358, que propõe alteração do financiamento público da saúde, reduzindo ainda mais a verba destinada ao SUS.