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Hábitos e comportamentos nas diferentes gerações [Estudo]

Article-Hábitos e comportamentos nas diferentes gerações [Estudo]

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Estudo analisou as gerações X, Y, Z e Baby Boomer, a fim de traçar um perfil e identificar os principais comportamentos e hábitos de cada uma

O V Estudo Saúde Ativa - Gerações realizado pela SulAmérica Saúde analisou 43.641 questionários respondidos por uma população distribuída em 262 empresas clientes do grupo, em 13 capitais do país, de 2010 a 2013. A amostra é composta de 40% de mulheres e 60% de homens. O questionário aplicado é parte integrante do Programa de Gerenciamento de Fatores de Risco (GFR) da companhia. Essa é a segunda das cinco publicações que serão feitas no portal Saúde Business sobre o estudo.

Leia a primeira publicação desse estudo: O estresse nas diferentes gerações [Estudo]

O objetivo do estudo foi traçar  o perfil de saúde das gerações X, Y, Z e Baby Boomers e identificar os principais comportamentos, comuns ou não, desta população segurada. O estudo permite ainda promover análise comparativa entre os perfis populacionais de acordo com as diferentes gerações. As gerações analisadas foram classificadas da seguinte forma:

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Esta parte do estudo traz uma fotografia das principais características relacionadas a hábitos e comportamentos referentes ao Sedentarismo, Tabagismo e Consumo de Álcool, identificados com frequência nas diferentes gerações. Importante ressaltar que os grupos mais jovens, impactados constantemente por informações provenientes de diversas fontes e plataformas, demonstram preocupação com hábitos de vida mais saudáveis. Já os Baby Boomers adquirem novos comportamentos diante de experiências de vida e tratamentos de doenças já diagnosticadas.

O sedentarismo nas diferentes gerações

A urbanização crescente, a falta de lazer ao ar livre e o que se denomina de “tempo de monitor”, que trata da quantidade de horas despendidas assistindo televisão, utilizando videogames, computadores, tablets, smartphones, entre outros, são os principais responsáveis pelos níveis alarmantes de sedentarismo. No entanto, observa-se aumento da consciência sobre a importância da atividade física nas gerações mais maduras. Os integrantes da Baby Boomers e da Z são os mais ativos fisicamente e afirmaram se exercitar, no mínimo, duas vezes por semana.

A partir dessas análises, é possível inferir que os BBs, portadores, em muitos casos, de patologias crônicas, são mais sensibilizados sobre a importância da adoção de estilo de vida mais saudável e, consequentemente, praticam exercícios mais regularmente. Apesar desses dados, todas as gerações pesquisadas apresentaram elevados índices de sedentarismo, entre 58,7% e 63,9%. Mais de 63% dos participantes da Geração X informaram que não praticam atividade física ou se exercitam eventualmente, seguidos das Gerações Y (60,6%), Baby Boomers (59,6%) e Z (58,7%). Isto é, de todo o universo avaliado, os adultos de 38 a 49 anos são os mais sedentários.

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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 3,2 milhões de pessoas morrem anualmente devido à falta de uma vida mais ativa, sendo este o quarto maior fator de risco da mortalidade global.

O tabagismo nas diferentes gerações

O próximo gráfico atesta que a população mais jovem tem mais consciência em relação aos danos que o cigarro pode causar à saúde. Na Geração Z, por exemplo, 86% das pessoas afirmaram nunca ter fumado, enquanto mais da metade dos entrevistados da Geração Baby Boomers informaram já ter tido contato com o cigarro.

Os índices também são expressivos quando avaliados os ex-fumantes. Entre os BBs participantes do estudo Tabagismo da companhia, 35,6% fumaram e largaram o cigarro. Nas demais gerações, o consumo caiu também com os seguintes percentuais: Geração X (18,2%), Geração Y (11,9%) e Geração Z (6,8%).

Esses números expressivos demonstram que o glamour em relação ao hábito de fumar, evidenciado e estimulado pelos grandes clássicos do cinema nos anos 40 a 60, e que influenciou fortemente a Geração BB, foi substituído gradualmente pelo reconhecimento dos seus males à saúde por meio da divulgação de relatórios médicos, facilidade no acesso à informação e iniciativas públicas e privadas de combate ao fumo.

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Segundo dados do Vigitel (2014), o índice de fumantes no Brasil caiu 30,7% nos últimos nove anos. Atualmente, 10,8% dos brasileiros ainda fumam e a faixa etária que mais consome cigarros é de pessoas de 45 a 54 anos (13,2%), em linha com o estudo da SulAmérica. Ainda de acordo com informações do Ministério da Saúde, a faixa que menos faz uso deles é a dos 18 a 24 anos (7,8%).

A redução no consumo de cigarros está diretamente ligada a diversos esforços e iniciativas governamentais e entidades ligadas ao setor de saúde, como a proibição do fumo em ambientes fechados e de uso coletivo, política de preços, proibição de propagandas e as campanhas de advertências nas embalagens. A expectativa do governo é atingir a meta de 9,1% de fumantes no país até 2020.

O consumo de álcool nas diferentes gerações

As avaliações nas diferentes faixas etárias demonstram que há redução do consumo de álcool de geração a geração. Segundo o estudo, 51,6% das pessoas pesquisadas pertencentes à Geração Z informaram que não têm o hábito de beber. Porém, o recente estudo da SulAmérica mostra aumento no consumo de álcool acima do limite entre os mais jovens. Enquanto 2,9% do universo avaliado afirmaram abusar da bebida nas Gerações X e Y, este percentual sobe para 3,5% na Z. O grupo com idade mais avançada, Baby Boomers, também apresentou índice elevado de consumo acima do limite, ficando em 3,9%.

Quando avaliado o consumo de álcool por sexo e faixa etária, foi identificado que os homens da Geração BB são os que mais consomem bebida acima do limiar recomendado, o que representa 5% dessa população, seguidos de 4,5 % da Geração Z, 4% na Geração X e 3,8% na Geração Y. Já em relação à população feminina, esse dado é diferente. As mulheres das Gerações Z e Y são as que mais consumiram álcool acima do limite, com Consumo de álcool 2,5% e 1,6%, respectivamente, enquanto nas Gerações BB e X esse taxa é de 1%. Os padrões determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) consideram aceitável uma média 14 unidades de bebida alcoólica semanais para as mulheres e 21 para os homens.

Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados por meio do Vigitel, o consumo abusivo de bebidas alcoólicas é mais frequente entre os mais jovens e tende a aumentar com o nível de escolaridade. Verificou-se, ainda, que o consumo de álcool no Brasil é maior e mais abusivo entre adultos jovens, principalmente homens, com idades de 18 a 44 anos – havendo um declínio após essa faixa etária.

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sulamerica-geracoes-estresse5Segundo o Superintendente de Gestão de Saúde Populacional da SulAmérica, Gentil Alves, "a facilidade no acesso à informação das gerações mais jovens tem contribuído para o aumento da consciência em relação a temas importantes como a redução no consumo de cigarro, por exemplo. Essa mudança positiva de comportamento, porém, ainda não é significativa em relação ao consumo de álcool e a prática regular de atividade física. Temos observado que os jovens estão bebendo mais e, muitas vezes, deixam os exercícios de lado para passar horas em frente ao computador e à televisão. Os efeitos dessa rotina aparecem no longo prazo e são muito prejudiciais à saúde".