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Grupo Dasa investe em digitalização e inteligência artificial e inicia uma nova Era na Patologia do país

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Grupo Dasa investe 15 milhões em Telepatologia, tecnologia inédita no Brasil, que permitirá a análise de mais de 1 milhão de exames digitalizados ao ano. A inovação estreita a relação entre patologistas, cirurgiões e clínicos, aumentando a agilidade e precisão no diagnóstico e planejamento do tratamento

Importante player de saúde e quinto maior grupo de Medicina Diagnóstica no mundo, o Grupo Dasa anuncia o investimento de R$ 15 milhões em tecnologia desenvolvida pela Phillips, dando início a uma nova Era da Patologia no Brasil. Responsável por mais de 30 marcas de laboratórios no país, a Dasa prevê que a Telepatologia permitirá a análise de mais de 1 milhão de exames digitalizados ao ano.

A digitalização de 100% dos exames de Anatomia Patológica segue a linha de investimentos que a companhia está fazendo na área de Oncologia, que inclui o investimento de R$ 30 milhões, feito no final de 2017, que resultou no lançamento da GeneOne, sua marca de genética médica. Com a Telepatologia, o objetivo é estreitar a relação entre patologistas, cirurgiões e clínicos, aumentando a agilidade e precisão no diagnóstico e planejamento do tratamento de cada paciente.

Inteligência artificial como aliada do patologista

A Telepatologia propõe uma mudança de paradigma na rotina da Anatomia Patológica. Atualmente, as amostras de tumores são colocadas em lâminas, que são analisadas pelos médicos patologistas por meio de microscópio. A nova tecnologia, permite que o material seja inicialmente lido por scanners, que digitalizam a imagem para que os médicos façam a avaliação e interpretação do material. "Isso tudo em alta resolução, o que aumenta a acurácia do diagnóstico", explica o patologista Cristovam Scapulatempo, responsável pelas áreas de inovação e alta complexidade em Anatomia Patológica da Dasa.

De acordo com o médico patologista e diretor médico do Grupo Dasa, Gustavo Campana, a implantação da inteligência artificial na medicina diagnóstica visa auxiliar na interpretação dos exames, facilitar as etapas mais "manuais" da análise e, consequentemente, aumentar a produtividade para os médicos focarem nas etapas que demandam mais foco.O escaneamento das lâminas que trazem as informações das amostras de tecidos dos pacientes tornará possível a formação de uma biblioteca digital. A cada exame analisado, maior será a precisão do diagnóstico, pois o sistema se alimentará de mais dados que, ao serem cruzados de acordo com seus algoritmos, ampliará a eficácia da inteligência artificial da tecnologia.

Um novo fluxo, sem limites geográficos

O câncer é uma doença complexa, o que aumenta o desafio dos patologistas ao analisar os tumores. Em muitos casos, alguns tecidos apresentam características que simulam ser determinada doença, mas que podem ser outra ou, até mesmo, uma lesão benigna. É necessário, portanto, que essas diferenças sutis sejam identificadas para que o diagnóstico seja preciso e o paciente receba o tratamento melhor indicado a ele.

No modelo atual, a lâmina é analisada por um patologista que, em caso de dúvida, relata as suas observações e a peça é vista por um colega do mesmo laboratório ou enviada, via portador, para outro laboratório. Com a mudança de fluxo trazida pela Telepatologia, a mesma lâmina pode ser, simultaneamente, analisada por um número ilimitado de patologistas, inclusive em qualquer local do mundo.

Haverá um ganho de produtividade na análise das amostras dos pacientes em razão desse compartilhamento das informações entre médicos patologistas de diferentes subespecialidades. Outro ganho será o de qualidade, já que o peer review (revisão por pares), permite novos modelos de negócio e do fluxo de prestação dos serviços de Anatomia Patológica. "Ao se deparar com um tumor raro, por exemplo, será possível que o patologista com ampla expertise nessa análise, interprete o exame, de qualquer lugar", exemplifica Gustavo Campana.

Essa metodologia vai expandir a participação do Grupo Dasa nas operações de anatomia patológica dentro dos hospitais. Os patologistas, complementa Campana, vão sair do laboratório e estar no centro cirúrgico, mais próximos dos cirurgiões e oncologistas, contribuindo para que os diagnósticos sejam cada vez mais precisos.