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Grupo Alliar cresce ao conservar marcas locais

Article-Grupo Alliar cresce ao conservar marcas locais

Formado pela visão estratégica do Pátria Investimentos e de dezenas de médicos associados, o grupo Alliar fatura mais de R$ 300 milhões por ano e prospecta constantemente novos parceiros

Depois de quase três anos no mercado, o grupo de medicina diagnóstica Alliar continua com estratégia agressiva de expansão e, hoje, congrega 65 unidades de diagnóstico por imagem pelo Brasil, faturamento aproximado de R$ 310 milhões e 40% de crescimento médio. Por trás dos números, uma forte visão de negócios permeia o modelo da rede, baseado em parcerias, e idealizado pelo fundo de private equity Pátria Investimentos. Do aporte de R$ 150 milhões e fusão de quatro clínicas nasceu o Alliar, que fez da aliança sua força motora.

Associar-se a laboratórios que já lideram determinada região, que possuem médicos referenciados e se encontram em um momento propício para a parceria é o minucioso trabalho de prospecção do grupo, que prioriza a continuidade da marca e a manutenção da gestão conduzida pelos donos. "O médico é o principal ativo, sempre o procuramos para serem nossos sócios. Nunca operamos sozinhos", conta o presidente da Alliar, Fernando Terni, que já comandou o Grupo Schincariol e a Nokia Brasil e América Latina.

?Fazer com que o gestor entenda que ele vai permanecer à frente da operação e que vai entrar em uma sociedade, portanto, dividirá responsabilidades e obrigações, talvez seja a maior dificuldade?, afirma Terni, descrevendo que o interesse pela proposta acontece quando existe um plano de sucessão em andamento, forte intenção de crescer ou uma necessidade de apoio na gestão.

Estratégia

De um lado estão os líderes do grupo com experiências em outros setores econômicos, como é o caso de Terni e do diretor financeiro, Fernando Pereira, que é ex-sócio do Pátria. De outro, mais de 50 médicos acionistas, que detém dois terços do capital financeiro do grupo e continuam no dia a dia da gestão, enquanto um terço pertence à gestora de private equity. Antes de investir na Alliar, o fundo participou ativamente do processo de abertura de capital (IPO) da Dasa, uma das maiores empresas do segmento.

Incomodar os líderes Dasa e Fleury não é o foco de Terni, que afirma ter o ?objetivo de prover serviços de imagem de alta complexidade em qualquer lugar onde exista uma demanda reprimida?, fato que acaba direcionando a empresa para cidades menores. Interior de São Paulo e Minas Gerais são os locais com mais unidades da companhia.

As 65 unidades representam 21 marcas, dentre elas estão as quatro iniciais que se fundiram para consolidar a estratégia da Alliar, nome apenas institucional. Foram elas: Axial, de Belo Horizonte (MG); Plani, de São José dos Campos e Jacareí (interior de São Paulo); Di Imagem, de Campo Grande (MS) e Cedimagem, em Juiz de Fora(MG). Das quatro, a Axial é a única que possui acreditação ONA, mas, segundo Terni, todas estão em processo para a conquista do selo de qualificação ainda este ano.

?Eu diria que para o ano que vem em torno de 50% do nosso faturamento será das clínicas acreditadas?, comenta o presidente. A mais recente associação foi com o Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), de Vitória (ES), sendo a vigésima primeira desde a fundação, e os executivos garantem que, até o final do ano, uma aquisição será anunciada e o número de unidades deve chegar a 70.

As fontes de investimentos para que o grupo continue buscando parceiros e multiplicando a estrutura vem, além do caixa próprio, de financiamentos com a Corporação Financeira Internacional (IFC ? sigla para International Finance Corporation), membro do Grupo Banco Mundial, e do banco alemão KFW. A abertura de capital (IPO) também está nos planos da Alliar como mais uma alternativa de financiamento. "Não sabemos quando será porque depende do ritmo das expansões e também das condições de mercado", diz o CFO Pereira, admitindo que há preparo para realizá-lo, mas que o caixa atual é suficiente.

Tecnologia

Para modernizar o parque dos laboratórios, nos últimos dois anos a companhia dispendeu R$ 100 milhões em equipamentos médicos, incluindo pacote com a Siemens de R$ 80 milhões e, este ano, foram adquiridas 40 ressonâncias magnéticas, 5 PET CTs e 25 tomógrafos.

Outro investimento  foi na infraestrutura destinada ao uso de telerradiologia, que permite o diagnóstico à distância e a emissão de uma segunda-opinião especializada.  Atualmente 100% da rede já é interligada e utiliza a tecnologia.

Dessa forma, fornecendo suporte tanto financeiro como de gestão, a holding continua a crescer apostando no diferencial de ser uma empresa que pertence a médicos. "Isso faz o nosso diferencial, pois o dono está no dia a dia

garantindo a qualidade dos exames que são feitos", enfatiza o presidente.

Dados

Data de fundação: janeiro de 2011

N° de atendimentos: 1, 2 milhão por ano

Unidades próprias: 65 (21 marcas)

Faturamento anual: R$ 310 milhões projetados para 2013