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Gastos públicos com saúde devem aumentar com envelhecimento populacional

Article-Gastos públicos com saúde devem aumentar com envelhecimento populacional

Condominio Para Idosos | Saúde, Tecnologia e Inovação

Controle de fatores de risco e monitoramento correto podem reduzir incidência de doenças graves e reduzir despesas da saúde

Nos próximos sete anos, o envelhecimento populacional brasileiro atingirá um índice tão grande que deve gerar uma expansão de R$ 10,6 bilhões nos gastos do Governo Federal com saúde. Com idade mais avançada, o organismo tem maiores chances de apresentar doenças como hipertensão, diabetes, aumento do colesterol e outros fatores de risco para problemas cardiovasculares, aumentando a incidência dessas enfermidades. No total, segundo o Tesouro Nacional, seriam necessários R$ 93,4 bilhões apenas nesse setor.

De acordo com o diretor Médico da MedLevensohn, Dr. Alexandre Chieppe, investir em atenção primária e prevenção é a melhor forma de aliviar os enormes gastos que se estimam para cofres públicos. “O propósito tem de ser controlar fatores de risco, diminuindo o tabagismo, consumo de açúcar, sal, gorduras trans e incentivando a prática de atividade física. Com essas medidas, é possível reduzir a incidência de doenças graves na população”, afirma o especialista.

Por outro lado, em pacientes que já têm manifestação de enfermidades crônicas, o acompanhamento clínico regular, em alguns casos com o monitoramento sistemático de alguns parâmetros é essencial. Neste caso, as tecnologias presentes em aparelhos portáteis de medição de taxas de colesterol e glicose, além dos aparelhos de pressão com tecnologia oscilométrica, são essenciais para o empoderamento dos pacientes no cotidiano.

“Doenças crônicas têm maior incidência e prevalência em populações mais envelhecidas. À medida em que a população ganha idade, vemos claramente uma mudança no padrão de morbidade e mortalidade, com diminuição do impacto das doenças infectocontagiosas e aumento da carga de doenças crônicas não transmissíveis. Isso requer, necessariamente, mais investimentos em prevenção e monitoramento dos pacientes”, diz o Dr. Chieppe.

De acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2060 o Brasil terá uma população idosa maior do que a jovem. Até 1980, o País tinha sua população em aspecto de pirâmide, com muito mais jovens do que idosos. Daqui a 40 anos, haverá um “funil etário”.

Algumas ações para racionalizar o uso dos recursos, através de medidas de prevenção e promoção da saúde, estão sendo colocadas em prática no Brasil, comenta o especialista. A recente divulgação da proibição das gorduras trans em alimentos por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um dos passos para se atingir o objetivo. “É uma substância que sabemos que traz problemas aos indivíduos, aumentando as chances de complicações cardiovasculares”, explica. A eliminação das gorduras trans deve ocorrer até 2023, segundo a intenção do órgão.