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Empresas e fundações vão montar fábrica para produção da vacina contra a Covid-19

Article-Empresas e fundações vão montar fábrica para produção da vacina contra a Covid-19

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Primeira etapa de adequação inclui a construção de um laboratório para controle de qualidade de 100 milhões de doses importadas a partir de dezembro; Obra de adequação da fábrica e aquisição de equipamentos para incorporação total da tecnologia pelo Brasil serão concluídas nos primeiros meses de 2021

Ambev, Americanas, Itaú Unibanco (Todos pela Saúde), Stone, Instituto Votorantim, Fundação Lemann, Fundação Brava e a Behring Family Foundation vão equipar e financiar a infraestrutura necessária à produção da vacina contra a Covid-19 e vão doar à Fiocruz. Inicialmente será construído um laboratório de controle de qualidade, para a realização dos testes desde a primeira fase de incorporação do imunizante pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos /Fiocruz), que consiste no recebimento de 100 milhões de doses do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para processamento final (formulação, envase, rotulagem e embalagem), dentro de um acordo de encomenda tecnológica respaldado pelo governo.

A vacina que será produzida na unidade é a que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford , junto ao laboratório farmacêutico britânico AstraZeneca. O projeto se encontra na fase III de testes no Brasil e outros países, como África do Sul, UK e EUA. A expectativa é de que esta vacina tenha a submissão do seu dossiê de registro à agência regulatória nacional ainda neste ano. A partir desse deferimento, as doses produzidas serão disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI)/Ministério da Saúde, para imunização da população de acordo com a sua estratégia.

Além disso, o grupo investirá em adequações do parque fabril de Bio-Manguinhos/Fiocruz , assim como na aquisição dos equipamentos necessários à absorção total da tecnologia para produção do IFA. A previsão é que a infraestrutura esteja pronta até o começo de 2021. Quando concluídos todos os investimentos, Bio-Manguinhos/Fiocruz terá também capacidade para produzir outras vacinas no futuro, incluindo outros tipos contra a Covid-19 que sejam aprovados. A unidade produtora será um legado do grupo de empresas e fundações para a sociedade civil e as comunidades científica e médica, que terão acesso a uma infraestrutura que pode acelerar a solução para doenças futuras.

Para Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann, "viabilizar o início dos estudos clínicos no Brasil para a vacina de Oxford foi o primeiro passo importante que demos para garantir respostas eficazes no enfrentamento do novo Coronavírus. Agora, com essa colaboração e articulação multissetorial, a Fundação Lemann confirma seu compromisso com o Brasil e sua gente tanto na resolução do desafio atual quanto de desafios futuros".

"Esperamos com essa iniciativa dar uma contribuição concreta para o nosso país, deixando um legado público para que milhões de brasileiros possam se beneficiar e também para que o Brasil esteja melhor posicionado e preparado no enfrentamento de outros desafios dessa natureza que possam surgir ", conta Jorge Paulo Lemann, presidente do Conselho da Fundação Lemann.

A preparação destas instalações fabris terá um custo de cerca de R$ 100 milhões, recurso viabilizado pela coalizão formada pelas empresas e fundações, responsáveis por 100% desses investimentos , incluindo todos os equipamentos laboratoriais e industriais de ponta necessários à sua operação. A Ambev será corresponsável, junto com a Fiocruz, pela gestão e execução do projeto, sob supervisão técnica de Bio-Manguinhos/Fiocruz. O escritório Barbosa, Mussnich e Aragão Advogados atuará como consultor jurídico do projeto, pró bono. Um comitê composto por todas as empresas e fundações será formado para acompanhar o andamento das obras e aquisições dos equipamentos.

Parte dos integrantes da coalizão também apoiará a construção de uma fábrica similar no Instituto Butantan, em São Paulo. As duas iniciativas, inovadoras ao unir esforços dos setores público e privado , lideradas por brasileiros de ponta a ponta, trarão ao Brasil uma autonomia inédita para o abastecimento de vacinas contra a Covid-19 , e serão também as primeiras fábricas capazes de produzir este tipo de vacina na América do Sul.

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