O educador brasileiro Paulo Freire definiu empoderamento tanto como um processo quanto como um resultado. Para ele empoderar é um processo em que o propósito de uma intervenção educativa é aumentar a capacidade de pensar criticamente e agir autonomamente. E um resultado quando ocorre um maior sentido de auto-eficácia como resultado do processo.
Em um cenário onde o cuidado em saúde tem um papel importante especialmente no gerenciamento das doenças crônicas, muito se tem falado em empoderamento do paciente em promoção de saúde. Foi em torno dessa questão que em 2012 aconteceu a primeira Conferência Europeia de Empoderamento do Paciente (European Conference on Patient Empowerment), organizada entre outras entidades pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Mas o que seria empoderar o paciente?
Segundo a organização “European Patients Forum” significa promover o desenvolvimento e a implementação de políticas, estratégias e serviços de saúde que capacitem os pacientes a se envolver no processo de tomada de decisão e gestão de sua condição de acordo com a sua preferência, enquanto aumenta a consciência sobre os seus direitos e responsabilidades.
Significa capacitar os pacientes para que eles tenham o direito de fazer suas próprias escolhas sobre sua saúde.
Todos nós somos ou seremos pacientes ao menos uma vez na vida. E o quão passivos somos quando estamos no papel de pacientes? Qual é a relação que temos com os profissionais de saúde, os provedores e todo o sistema da saúde? Somos capazes de tomar decisões? Qual o papel que a tecnologia da informação tem na capacitação e no empoderamento do paciente?
Ao invertermos os papéis, o que você, profissional de saúde faz de forma a contribuir para o empoderamento de seu paciente? A utilização da tecnologia da informação para melhorar e aperfeiçoar nosso contato com o paciente são alternativas cada vez mais usadas.
Embora, à despeito da tecnologia ter nos trazido inovação à comunicação entre as pessoas; blogs, sites e redes sociais exigem, de quem se dispõem a utilizá-los, um conhecimento de suas características e especificidades. A forma como nos comunicamos em um blog, ou um site ou mesmo em uma rede social como Twitter ou Facebook pode ser muito diferente ao compararmos uma ferramenta com a outra, e quando comparamos esses meios com nossa comunicação pessoal com o paciente e com as formas mais tradicionais como revistas, jornais, etc.
Precisamos aprender adequar a linguagem ao meio de comunicação que estamos utilizando. Assim, ficará mais fácil transmitir informações em saúde de forma mais efetiva e adequada contribuindo para o empoderamento do paciente.
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Abaixo seguem algumas referências para quem gostaria de entender melhor o tema:
- Freire P. Pedagogy of the Oppressed. New York: Continuum; 1993
- European Patients Forum (Acesso em 12/03/2014)
