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Einstein melhora gestão com sistema especializado em UTI

Article-Einstein melhora gestão com sistema especializado em UTI

Planilhas foram substituídas por sistema da Epimed para aprimorar coleta de dados clínicos e, assim, reduzir número de mortes

Tabular dados dos pacientes em planilhas faz parte da rotina dos profissionais de enfermagem há muito tempo, mas mesmo este procedimento rotineiro sofreu alterações drásticas conforme o processo de digitalização alcançou estes departamentos. Mais do que ampliar o número de indicadores, o uso de planilhas digitais impôs um dilema que apenas recentemente começou a ser resolvido: como gerar, a partir da enorme quantidade de dados, indicadores que mensurem com precisão os resultados do trabalho em uma UTI, por exemplo.

No caso Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, a resolução deste problema se deu a partir da adoção de um software de gestão de dados clínicos da Epimed, empresa especializada em sistemas para unidades de terapia intensiva. O objetivo da entidade, ao adotar o software, foi fornecer aos enfermeiros e médicos um ambiente em que as informações estivessem digitalizadas e fossem passíveis de consulta estratificada rápida e automatizada.

?Naquela época [o Einstein] ainda estava desenhando a melhor solução global [de gestão] para o hospital como um todo, mas a da UTI era premente?, explica Eliézer Silva, gerente médico do departamento de pacientes graves do hospital, referindo-se ao período que começou cerca de dois anos e meio atrás. A utilização do Epimed iniciou-se pela UTI Adulto, à época com 41 leitos e, depois, expandido para quatro unidades semi-intensivas, com mais de 100 leitos.

As equipes médicas fizeram parte do processo de implantação do sistema. Elas são responsáveis pela análise das informações geradas em conjunto com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que destacou um profissional para cuidar exclusivamente da inserção de dados de infecções, uso de cateter, nutrição enteral, dentre outras informações. Assim são obtidos dados de mortalidade, intervenções terapêuticas, gravidade, taxa de ocupação, entre outros.

A adoção, com um modelo de avaliação da qualidade assistencial reformulado a partir dos dados clínicos das unidades intensivas e semi-intensivas, tornou possível ?dimensionar melhor o pessoal de assistência, a necessidade de recursos humanos e tecnológicos para dar suporte?, enumera Silva. Mas, é claro, o principal benefício está na medição da qualidade ou, ?em outras palavras, se os paciente estão morrendo menos do que morriam de acordo com a gravidade?.

Em termos simples: permitiu saber se o Einstein está salvando mais vidas.

Mas há um novo desafio. O Einstein passa por um processo de adoção e implantação do Millennium, sistema de gestão da americana Cerner, justamente aquela ?solução global? enumerada por Silva no início da entrevista. Isso significa que a solução para UTI da Epimed será deixada de lado? ?Em algum momento vamos ter que tomar essa decisão?, diz o médico, que não descarta a opção de integrá-los ou torná-los paralelos.

TAG: Hospital