Apenas em janeiro foram registrados mais de 30 mil mortes
Os números assustam, mas servem como um alerta importante: as doenças cardiovasculares são líderes de mortes no Brasil e matam muito mais que todos os tipos de câncer. São 2,5 vezes mais que os acidentes e mortes decorrentes por violência e 6 vezes mais que as infecções, incluídas as mortes por Aids.
O Cardiômetro, ferramenta desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e Universidade Federal do Rio de Janeiro com o objetivo de mensurar melhor como anda a saúde do coração, indica o número de óbitos em decorrência da doença. Apenas em janeiro deste ano, 29%, o que corresponde a mais de 30 mil mortes, foram registradas.
Como alerta o presidente da SBC, Marcus Bolívar Malachias, o Cardiômetro, é fundamental que as pessoas estejam cientes acerca dos fatores de riscos das doenças cardiovasculares, como hipertensão, colesterol, tabagismo, estresse, sedentarismo e diabetes), as características de cada um deles e medidas simples para evitá-los. “Se os pacientes seguissem à prescrição de medicamentos indicados e controlassem os fatores de risco, grande parte das mortes seriam evitadas”, esclarece o presidente da SBC. A cada três receitas prescritas por cardiologistas, pelo menos uma não é aviada, o que significa que mesmo tendo recebido orientações médicas, muitos não as seguem, expondo-se aos riscos das doenças.
Soma de fatores: Tecnologia e novos hábitos a favor do coração
A tecnologia, associada à mudança de hábitos, favorece muito o tratamento e até mesmo prevenção das doenças cardiológicas. E as novidades não param de chegar ao mercado de saúde em benefício do paciente.
A Medtronic, fabricante de produtos e equipamentos médico-hospitalares, graças a uma parceria com a Lumen Foundation oferece um gerenciamento abrangente e economicamente viável para o Infarto Agudo do Miocárdio em toda a América Latina. Utilizando dispositivos de telecomunicações especiais, o LATIN: Latin America Telemedicine Infarct Network conecta unidades de tratamento básico e ambulâncias à rede de centros de tratamento. Os socorristas de emergência transmitem, em tempo real, o eletrocardiograma (ECG) e outros dados médicos a um cardiologista remoto que pode fornecer um diagnóstico preciso e recomendar um tratamento pré-hospitalar em 10 minutos, geralmente antes de o paciente chegar ao hospital.
Já a Philips disponibiliza três opções de equipamentos para facilitar a visualização mais fiel do quadro real do paciente e facilitar na rápida tomada de decisão. O EPIQ 5 E 7 possui tecnologia 3D cardíaco transtoráxico e transesofágico , proporcionando diagnósticos mais confiáveis; o CX50, com praticidade de portabilidade, com dados precisos ao lado do leito, que permite ver estruturas menores com excelente nível de detalhes; e o EchoNavigator, que funde de modo inteligente as imagens de raios X e ecocardiografia 3D,com informações críticas sobre a anatomia do tecido mole do coração, e ao mesmo tempo, visualização dos cateteres e dos implantes cardíacos.
Agora, como a prevenção e tratamento devem estar associados a uma série de medidas, tais como o acompanhamento médico, uso correto de medicamentos e equipamentos de última geração, a mudança de conduta também é muito importante para evitar problemas cardiológicos.
De acordo com a Sodexo, o bem-estar físico e emocional são determinantes para o tratamento clínico de um paciente cardíaco, e por este motivo aposta em cardápios diferenciados com redução de sal, porém com ênfase em aromas. Para tal, criou a Oferta Cuore, solução de serviço que permite ao paciente cardiopata a retomada no prazer em alimentar-se, manter-se nutrido e capacitado durante o tratamento. Com baixo teor de gordura, aposta em ingredientes funcionais e uso intensivo de ervas frescas.
Já a Healthways, empresa Sharecare com foco em mudança de comportamento para proporcionar mais qualidade de vida e bem-estar para as pessoas, desenvolveu um Programa de Gestão de Crônicos e Programa Sênior (participantes com mais de 65 anos) que apontou três fatores cruciais para mais qualidade de vida e bem-estar para as pessoas. São eles: a percepção de saúde, ou seja, como classificam seu estilo de vida e suscetibilidade a riscos de internação; a adesão ao tratamento e a mudança de hábitos.
Após um ano de monitoramento, 80% relata um acompanhamento médico regular e 95% possuem adesão ao uso de medicamentos conforme a prescrição médica. Já quando o assunto é mudança de hábitos fatores como tabagismo, alimentação saudável e atividade física podem ser mais desafiadores, e oscilam entre resultados positivos e negativos ao longo do tratamento.