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Como podemos reduzir o consumo excessivo de cuidados de saúde?

Article-Como podemos reduzir o consumo excessivo de cuidados de saúde?

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O consumo excessivo de saúde é difícil de ser evitado por diversos motivos. Desde cultura até auto-medicação estão entre este fatores.

O consumo excessivo de saúde é bastante difícil de ser evitado por diversos motivos. Desde cultura até auto-medicação estão entre este fatores.

O primeiro envolve o que chamamos de saúde e o que nosso cuidado realmente oferece. Para muitos, ir ao médico e sair sem a receita de um medicamento ou o pedido de um exame é inaceitável. Este tipo de atitude condiciona o profissional de saúde a solicitar algo simplesmente por cultura e nos faz ter gastos absurdos frente a um paciente que, muitas vezes, não precisa.

Outro fator é o pensamento de que um resfriado pode ser tratado com antibióticos ou outros que envolvem auto-medicação. Aqui, os efeitos colaterais podem ser um custo alto e, caso a doença principal não melhore, os gastos serão, no mínimo, duplicados para que haja o tratamento correto.

Para a Harvard Business Review, uma das coisas que influenciam é o fato de que médicos supervalorizam seu trabalho, mesmo quando as evidências mostram o contrário. Nos Estado Unidos, por exemplo, mais de um ano depois do governo americano concluir que o teste de screening de próstata PSA tem mais malefícios que benefícios, um médico atestou o contrário em um programa de televisão, dizendo que não haviam complicações para o teste.

Os incentivos econômicos podem ser um driver de consumo excessivo, na medida que os pagamentos são realizados em uma ordem de fee-for-service e que os pacientes não sabem quanto custa cada um dos serviços.

Alguns tópicos precisam ser conversados na relação médico-paciente, como, por exemplo, a conversa sobre a quantidade no contexto da qualidade. O paciente precisa entender, com uma explicação clara, que pedir mais exames nem sempre significa um cuidado melhor.

Mudar a maneira como a qualidade é gerida no sistema deve ocorrer para que o médico e o paciente sejam mais empoderados a tomarem boas decisões de saúde. O cuidado deve ser sempre colocado em primeiro lugar, mas isso, nem sempre, significa o uso de tecnologias de ponta com altíssimo custo e baixo resultado em comparação a uma tecnologia baixa ou algo mais palpável, como um exame físico.