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Como gerir pessoas? / Hospitalar 2014

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A Profa. Denise abriu o painel falando sobre especialistas que dizem que a nossa atual taxa de desemprego é uma taxa limite, pois o nível médio de educação do brasileiro não supre os requerimentos mínimos desses empregos. Disse que em 2012, 85% dos postos de trabalho eram para salarios inferiores à R$ 2.000,00, mostrando que mesmo qualificação básica está em falta no país. [Leia mais]

Estivemos hoje cobrindo o 8º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos da Hospitalar 2014. Estiveram presentes na abertura Humberto Gomes de Melo, Presidente da FENAESS – DF; José Carlos Barbério, Presidente do IEPAS - SP; Paula Távora, Presidente da SBPC/ML - RJ; Irineu Keiserman Grinberg, Presidente da SBAC - RJ; Bruno Oliva – Diretor da ABBM, SP.

O primeiro painel foi sobre “O Novo Momento na Gestão dos Recursos Humanos” discutindo a carência de profissionais qualificados e a dificuldade na retenção dos talentos, um problema generalizado e que não atinge somente o segmento da saúde, e com o qual os laboratórios de análises clínicas tem encontrado muita dificuldade em capturar e reter profissionais

O painel foi coordenado pelo director do Laboratório Rocha Lima, Rafael de Menezes Padovani, com uma palestra da Profa. Denise Poiani Delboni, da FGV. Padovani iniciou o painel falando sobre algumas das diversas alternativas de retenção e treinamento dos colaboradores.

A Profa. Denise abriu o painel falando sobre especialistas que dizem que a nossa atual taxa de desemprego é uma taxa limite, pois o nível médio de educação do brasileiro não supre os requerimentos mínimos desses empregos. Disse que em 2012, 85% dos postos de trabalho eram para salarios inferiores à R$ 2.000,00, mostrando que mesmo qualificação básica está em falta no país.

Delboni falou também de “Desfronteirização Organizacional”, falando de organizações transnacionais, criadas pela facilidade de distribuição de produtos em escala mundial, em que pouco mais de 500 corporações controlam 70% do comércio mundial, com visão global do ambiente e não apenas da produção.

Isso leva a um alargamento das formas tradicionais de cargos e dos mecanímos de recompensa. Entre as perguntas feitas no inicio do painel, uma delas foi sobre qual a maior dificuldade dos gestores de laboratório, e a resposta foi atendimento. e a Profa Denise Delboni falou como a profissão de atendente de laboratório pode ser repetitiva e enfadonha, por isso o alto turn-over e a falta de profissionais com bom treinamento, sugerindo job rotation por exemplo para deixar o trabalho mais prazeroso. Comentou que entre parceiros mundiais, há também ausência de reserva moral sobre a dimensão humana do trabalho.

Outro fator que está acontecendo no mercado atual, de acordo com a professora, é aumento do “desemprego estrutural”, que é a extinção de alguns empregos que nunca mais voltarão a existir, por substituição por robôs ou outro tipo de automação.

O cenário também está caracterizado por queda de salários e desrespeito às normas trabalhistas. Para cada 20 empregados nas atividades essenciais, 80 profissionais são contratados temporários nas atividades meio (terceirização), com forte tendência à redução dos trabalhadores centrais (downsizing), e esse achatamento de níveis hierárquicos fez com que aumentasse a “promoção lateral”, uma “falsa promoção” na opinião da Profa. Denise Delboni.

Tais fatores levam à uma proteção do emprego e não do trabalho no Brasil.

A soluções apresentadas pela professora para tais problemas foi:

  • Formação Básica Adequada;
  • Avaliação para melhoria contínua;
  • Novos sistemas de produção e relações de trabalho
  • Maior engajamento do trabalhador

A Profa Delboni afirmou que muito mais importante que a formação é a entrega do colaborador, dizendo que resultados são resultado de qualificação + motivação. Falou ainda dos diversos tipos de coisas que compõe o pacote de remuneração: salários, encargos sociais, benefícios, prêmios, bônus, PLR; e, para finalizar, falou também dos mecanismos de recompensa de Herzberg, que divide os mecanismos em fatores higiênicos e motivacionais.

Fatores higiênicos são fatores que não motivam se estiverem presentes, mas desmotivam se estiverem ausentes (fatores de retenção). Fatores Motivacionais são os que de fato atraem o colaborador (fatores de atratividade).

Fatores higiênicos:

  • Salário;
  • Benefícios;
  • Estabilidade;
  • Amizades;
  • Ambiente físico;
  • Condições de trabalho;

Fatores motivacionais:

  • Remuneração Variável;
  • Perspectivas;
  • Desenvolvimento;
  • Autonomia;
  • Desafios;
  • Chefia;
  • Natureza do trabalho;