Apesar de durante esta semana não existir nenhuma ação específica de conscientização no Brasil, o uso indiscriminado de antibióticos pode gerar diversos problemas para a saúde da população, como o surgimento de bactérias resistentes, uma das causas de surtos em hospitais e clínicas.
De acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Centers of Disease Control and Prevention / CDC) dos Estados Unidos, todos os anos pelo menos 2 milhões de americanos são infectados com bactérias resistentes a antibióticos - desses, 23 mil morrem em decorrência da infecção. Esses números comprovam a necessidade da conscientização sobre o uso de antibióticos.
O principal erro cometido pelos pacientes é interromper o tratamento quando não existem mais sintomas visíveis, mesmo que o médico tenha prescrito o remédio por mais dias. Nesses casos, é comum que a doença apareça novamente, uma vez que não foi curada na sua totalidade - com isso, o paciente precisa voltar a tomar antibiótico. Se essa prática for frequente, o efeito pode ser contrário: ao invés de matar as bactérias, o antibiótico pode torná-las mais resistentes, dificultando o tratamento.
Mas não é só interrupção do tratamento que gera esses problemas. Não tomar o antibiótico com os intervalos indicados ou na dosagem correta também são fatores que desencadeiam bactérias superresistentes. Outra causa é a automedicação que, além de proporcionar o surgimento de superbactérias, pode acarretar graves problemas de saúde. Por fim, o uso indiscriminado de antibióticos em animais destinados ao consumo como alimentos também contribuiu significativamente para o surgimento de micro-organismos resistentes aos antibióticos, uma das mais valiosas ferramentas da medicina.
Evitar o desenvolvimento bactérias resistentes é um desafio diário de hospitais e instituições de saúde no combate a surtos. Contudo, com a conscientização da população sobre o tratamento e a administração correta de antibióticos diminuem a probabilidade das bactérias comuns se tornarem superresistentes.