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Centrinho tem novo tratamento para Seqüência de Pierre Robin

Article-Centrinho tem novo tratamento para Seqüência de Pierre Robin

Dieta especial, a base de leite em pó preparado, enriquecido com açúcares e gorduras, de fácil digestão e absorção, atingiu resultados inéditos

Uma dieta especial desenvolvida no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da USP, de Bauru (SP), também conhecido como Centrinho, atingiu resultados inéditos no tratamento para crianças nascidas com a Seqüência de Pierre Robin. Dois trabalhos sobre os estudos já foram publicados e outros dois ainda serão lançados no Cleft Palate Craniofacial Journal, um dos veículos mais respeitados da área, informa a Agência USP. A Seqüência de Pierre Robin, diagnosticada em uma a cada 8,5 mil crianças nascidas vivas, é caracterizada pelo pequeno tamanho do queixo e pela posição retraída deste e também da língua. "Não é só uma questão de tamanho", explica a pediatra do Centrinho, Ilza Lazarini Marques, "é que estas partes são posicionadas para trás. Assim a língua obstrui a faringe, atrapalha a respiração e por conseqüência a alimentação". Segundo a pesquisadora, os bebês portadores da doença têm dificuldades respiratórias de maior ou menor graus, não são capazes de mamar no peito e grande parte nasce com fissura no palato (céu da boca aberto).
Na dieta especial , as crianças se alimentam com leite em pó preparado, enriquecido com açúcares (polímeros de glicose) e gorduras (triglicérides de cadeia média) especiais, de fácil digestão e absorção. "Os bebês correm muito maior risco nos primeiros dias e meses de vida. Eles mamam pouco, gastam muita energia e se cansam facilmente. Com uma dieta hipercalórica, podem ganhar peso mais rápido, se desenvolver e superar naturalmente as dificuldades".
Na opinião de Ilza, pela primeira vez a Seqüência de Pierre Robin está sendo tratada como um problema de desenvolvimento e não apenas anatômico. "As pesquisas americanas tendem a focalizar a patologia como um problema obstrutivo mecânico, estudando principalmente os recursos cirúrgicos". No HRAC o tratamento conta com o trabalho de pediatras, cirurgiões plásticos, otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, nutricionistas, dentistas, psicólogos e assistentes sociais.

TAG: Hospital