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Cade pode suspender fusão entre Dasa e MD1

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A união entre a Diagnósticos da América (Dasa) e a MD1 Diagnósticos será suspensa pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Ministério da Justiça. As informações são do jornal Valor Econômico. Segundo o jornal, o órgão antitruste está preocupado com o grau de concentração de mais de 55% no mercado de diagnóstico.
De acordo com a publicação, o conselheiro Ricardo Ruiz, relator do processo, pediu informações às empresas sobre o negócio. Ele deu 15 dias para obter uma resposta. Após esse prazo, as empresas terão duas opções. A primeira é elas se disporem a assinar um acordo com o Cade com as condições pelas quais as estruturas da Dasa e da MD1 terão de ser mantidas em funcionamento de forma separada.
A segunda opção é deixar que os conselheiros do Cade tomem a iniciativa de decidir quais seriam essas condições. Em caso de negociação entre as empresas e o órgão antitruste, seria assinado um Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apro). Por esse documento, as empresas se comprometeriam a manter separadas as estruturas necessárias à realização de operações no mercado de diagnósticos laboratoriais.
Os detalhes da separação seriam decididos após reuniões entre os advogados das empresas e os conselheiros. Na hipótese de não haver negociação, o Cade deverá determinar medida cautelar impondo as condições que achar necessárias para suspender a união das empresas.
Segundo o Valor, no início da semana, a procuradoria-geral do Cade, recebeu informações de que a união da MD1 e da Dasa estaria levando a concentrações de 55% nos mercados de diagnósticos por imagem, de tomografia, de ultrassonografia, de mamografia, de ?raio x? e de outros exames laboratoriais. O percentual foi considerado preocupante.
Para completar, o órgão soube, segundo o jornal, que a MD1, empresa que tem o mesmo controlador da operadora de planos de saúde Amil ? o empresário Edson Godoy Bueno ? estaria integrando as suas operações com a Dasa. Essa notícia causou preocupação, pois, se o órgão antitruste concluir, no futuro, que o negócio traz riscos à concorrência, será mais difícil separar as estruturas das empresas de modo a vendê-las para concorrentes.
Nesta quinta-feira (28), o Saúde Web entrou em contato com a Dasa. Em comunicado, a empresa informou que as conclusões do CADE estão aparentemente lastreadas em premissas baseadas em dados parciais, relativas a interpretações sobre relações societárias entre a Dasa acionistas pessoas físicas vinculados à JHSPE Empreendimentos e suas controladas, Amil Participações S.A. e suas controladas (?Amil?) e FMG Empreendimentos Hospitalares S.A.
Além disso, ressaltou que que o fato de ?determinados acionistas? da Amil estarem no capital social da Dasa não significa que Dasa e Amil estejam sob o mesmo controle. A Dasa vai cooperar com o Cade, segundo o comunicado assinado pelo diretor de Relações com Investidores Tharso Bossolani.