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Brasil se une aos EUA para desenvolver vacina contra Zika

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A parceria será entre o Instituto Evandro Chagas do Pará, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, e a Universidade Texas Medical Branch dos Estados Unidos

Foi anunciado nesta quinta-feira (11/02) pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, o primeiro acordo internacional para desenvolvimento de vacina contra o vírus Zika. A parceria será entre o Instituto Evandro Chagas do Pará, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, e a Universidade Texas Medical Branch dos Estados Unidos. O governo brasileiro disponibilizará US$1,9 milhão nos próximos cinco anos para a condução da pesquisa.

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Segundo Marcelo Castro em comunicado à imprensa, o acordo é um passo importante para o desenvolvimento de uma vacina para o vírus Zika e a previsão inicial é que os pesquisadores brasileiros e americanos concluam o imunizante nos próximos dois anos. Ele ainda explica a escolha da parceria: "A Universidade do Texas Medical Branch foi escolhida por ser um dos principais centros mundiais de pesquisas de arbovírus, e um dos mais especializados no desenvolvimento de vacinas. Assim como o Instituto Evandro Chagas, que também é referência mundial como centro de excelência em pesquisas científicas”.

O acordo prevê a instituição de um Comitê de Coordenação que irá se reunir, pelo menos, duas vezes ao ano para analisar o progresso e os resultados alcançados no âmbito da cooperação. Está prevista também a participação de outros organismos de saúde internacional, como a Organização Mundial de Saúde.

Ainda segundo pesquisador do Instituto Evandro Chagas, Pedro Vasconcelos, planeja-se que já no primeiro ano de parceria sejam feitos os primeiros ensaios pré-clínicos, simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos. Ele explica que em Galveston, na cidade do Texas, serão realizados testes em camundongos e, em Belém, em macacos e que essa testagem simultânea garantirá maior agilidade ao processo, possibilitando que, já no segundo ano, possam ser iniciados os ensaios clínicos.

O investimento em novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal com envolvimento de 18 ministérios e outros órgãos federais, além da parceria com os governos estaduais e municipais. O plano foi criado para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika e oferecer suporte às gestantes e aos bebês. Ele é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional. O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito, Atendimento às Pessoas e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa).

*Com informações do Portal da Saúde - Ministério da Saúde em 11/02/2016.