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Brasil realiza primeiro transplante com sangue de cordão de doador brasileiro

Article-Brasil realiza primeiro transplante com sangue de cordão de doador brasileiro

O sangue de cordão umbilical utilizado no transplante foi descoberto entre os 700 cordões armazenados no Banco do Instituto Nacional do Câncer

O Ministério da Saúde acaba de anunciar a realização do primeiro transplante de medula óssea (TMO) do País que teve como fonte o sangue de cordão umbilical de um doador brasileiro. O procedimento, efetuado no Hospital Amaral Carvalho, de Jaú (SP), instituição filantrópica que desde 1996 realiza transplante de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) representa um marco, já que o país sempre precisou recorrer a amostras de sangue em bancos no exterior. O sangue de cordão umbilical compatível utilizado no transplante foi descoberto há duas semanas entre os 700 cordões armazenados no Banco de Cordão Umbilical do Instituto Nacional do Câncer (Inca) ? a primeira unidade pública do país e um dos bancos que compõe a Rede Pública de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário ? Brasilcord, que foi inaugurada no mês passado pelo Ministério da Saúde.
O receptor é uma criança de nove anos que desenvolveu leucemia linfóide aguda. Há um ano esse paciente aguardava por um doador compatível. O Amaral Carvalho, unidade dedicada ao tratamento do câncer, tem 12 leitos para a realização de TMO. O transplante foi coordenado pelo médico Virgílio Antônio Rensi Couturato.
De acordo com o ministério, quando estiverem em funcionamento, os bancos de sangue de cordão umbilical garantirão que 100% das diversidades biogenéticas dos brasileiros estejam representadas. Isto implica que quase a totalidade dos pacientes poderá encontrar no Brasil doadores compatíveis para a realização de transplante de medula óssea. Atualmente, a demanda por transplante de medula óssea no país é de três mil pacientes por ano. Desse total, 1,1 mil transplantes são realizados anualmente pelo SUS.
Em função da implantação da Brasilcord, o Ministério da Saúde aumentará o número de leitos para realização de transplantes alogênicos não-aparentados devido ao incremento na oferta de possíveis doadores. Este ano, dois novos serviços de transplante de medula óssea alogênico não-aparentado foram incorporados ao SUS, acrescentando mais sete leitos aos já existentes. Hoje, somados os novos, o país conta com 19 leitos destinados a esse serviço.

TAG: Hospital