O ministro Humberto Costa embarcou ontem para Buenos Aires com um trunfo: a Argentina aceitou aderir a um programa de intercâmbio de informações e projetos de pesquisa na área de transplantes. A formalização do acordo será feita hoje, numa cerimônia que reunirá representantes dos governos dos dois países, informa a Agência Brasil. A idéia inicial é estabelecer parceria com o sistema de saúde público do país vizinho para que se forme um banco comum de medula óssea, pele, sangue, ossos e córneas. Nesse primeiro momento, não haverá troca de órgãos, tecidos ou pacientes. Mas a proposta inicia um processo de aproximação na área de transplantes com países do Mercosul e outros da América do Sul. O Uruguai já assinou o protocolo e, em breve, Paraguai, Chile e Bolívia devem aderir.
A missão brasileira também coletará informações sobre como funciona a política de medicamentos genéricos na Argentina. No país vizinho, os médicos, ao receitarem medicamentos, são obrigados a incluir na prescrição o nome do genérico correspondente. Caso contrário, são punidos com multas e sanções. O ministro Humberto Costa acredita que o modelo argentino pode ser aplicado no Brasil. "Vamos verificar o sistema deles para, se for o caso, reproduzirmos no nosso país", antecipa.
