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Autoridades e Comitês de Crise precisam incluir Atenção Domiciliar à Saúde em estratégias

Article-Autoridades e Comitês de Crise precisam incluir Atenção Domiciliar à Saúde em estratégias

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No enfrentamento à pandemia de coronavírus, TODOS os elos da cadeia de Saúde devem ser considerados para que, juntos, sejamos capazes de atuar e ultrapassar, da melhor forma possível, este momento tão delicado.

Como entidades representativas das empresas de Atenção Domiciliar, NEAD e SINESAD manifestam preocupação com medidas já anunciadas e/ou em estudo, reafirmando que cada decisão das autoridades desencadeia ações que impactam diretamente no resultado da Atenção à Saúde como um todo e, portanto, é fundamental que o setor seja considerado.

Não se trata apenas de hospitais e unidades de saúde.

Ao longo dos últimos anos, a Atenção Domiciliar à Saúde tem sido parte importante para a sustentabilidade do sistema, auxiliando na liberação de leitos e reduzindo filas de atendimento. Prova disso é o resultado do Censo por nós encomendado, em 2018, à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas/USP), que apontou que “no caso da extinção do setor, seriam necessários 16.228 leitos adicionais ao ano para que a rede hospitalar absorvesse a demanda de pacientes (equivalente ao total de leitos do Estado de Santa Catarina)”.

Isso, há 2 anos. A nova edição (2019-2020) está em fase final de coleta de dados.

Transportes

A paralisação dos transportes – já anunciada em alguns municípios e estudada em outros – é a interrupção de um serviço essencial e coloca em risco os setores de Saúde e Segurança Pública. Da mesma forma que a interdição de rodovias impede o transporte de insumos médico-hospitalares essenciais.

Quanto ao transporte público, não basta cadastrar os profissionais que atuam em hospitais.

Milhares de pacientes são atendidos em Internações Domiciliares no país graças à permanência de equipes de auxiliares e técnicos de enfermagem que se revezam, pelo menos 2 vezes ao dia, nos domicílios, dependendo do transporte público. Pela descentralização dos leitos domiciliares e das moradias dos profissionais, não existem alternativas para a sua mobilidade.

Telecomunicações

Agora, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações e o Sinditelebrasil montam comitês de crise e anunciam que serão definidas medidas para garantir o funcionamento da rede e reforçar a estrutura de conectividade, priorizando a conexão de hospitais e unidades de saúde.

E os domicílios?

Cortar o contato com a casa é matar o paciente.

A logística – transporte, insumos, RH e Comunicação – é fundamental para os atendimentos domiciliares.

Como acionar a equipe de emergência? Como chamar a ambulância para fazer a transferência para o domicílio ou para o hospital? Como acionar um especialista?

Graças à recente liberação do Conselho Federal de Medicina (emergencialmente), diminuímos o contato de nossas equipes com pacientes e familiares, através do telemonitoramento, da teleconsulta, da teleorientação ou teleinformação.

Com tudo isso, caso o setor de Atenção Domiciliar à Saúde não seja considerado na adoção de medidas pelas autoridades, a única solução será a devolução desses pacientes aos leitos hospitalares que desocuparam, piorando a situação prevista de escassez de leitos e o possível colapso do sistema.

Esperamos que a Medida Provisória nº 926 e o Decreto nº 10.282 do Governo Federal, ambos do último dia 20 de março, sejam respeitados por todos.

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