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Aumento da demanda judicial contra profissionais e instituições de saúde

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O que é possível fazer para que esta realidade seja modificada? Como reaproximar dois atores tão importantes na cadeia do cuidado?

Tá na hora de mudar esse cenário!

O que é possível fazer para que esta realidade seja modificada?  Como reaproximar dois atores tão importantes na cadeia do cuidado?

Socorro-me de Patch Adams quando do seu pronunciamento junto à Academia, quando iminente era a sua expulsão:

“Por que evitar a relação entre paciente e médico? O que ensinam está errado. A missão do médico deve ser não apenas evitar a morte, mas melhorar a qualidade de vida. Tratando o mal, se ganha ou se perde. Tratando o individuo, garanto que vão ganhar, independentemente do desfecho”.

E como começar?

No discurso a que me referi, Patch Adams dizia que profissionais da saúde não devem se deixar anestesiar pelo milagre da vida e sim pela glória do corpo humano, sempre.

Segundo dizem falamos pelos olhos, com gestos, ao mexer o cabelo, ao cruzarmos os braços, enfim.

Mas para que esses sinais sejam percebidos, é preciso observar, conhecer.

Por isso, não se deve esperar demais para recuperar a humanidade.

O Doutor da Alegria conclama profissionais a:

    • Aprender a entrevistar, a falar com estranhos... seria a anamnese?
    • Cultivar a amizade com seus auxiliares, já que são eles que lidam com os pacientes dia-a-dia... seria trabalhar em equipe?

Instituição de hábitos bons!

É PRECISO CRIAR ROTINAS!

Rotinas que devem ser estabelecidas de acordo com a lei, os regulamentos e os protocolos clínicos. Rotinas que devem ser revisadas a cada evento adverso, ainda que não cause dano ao paciente.

Rotinas que devem ser acompanhadas de educação e conscientização contínuas, os chamados mantras.

Manter o coração e a mente aberta, para tratar o paciente como se deve: com respeito e obediência à autonomia de vontade do mesmo.

O chamado termo de consentimento informado e esclarecido permite que o paciente, sabedor de todas as consequências, possa decidir se irá ou não seguir na cadeia de cuidado. Conscientizar o paciente da sua participação em seu tratamento, também faz parte das obrigações do profissional e da instituição de saúde: é preciso convocar e orientar.

Estabelece-se, assim, o princípio ICP: INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E PREVENÇÃO, o qual deve ser orientado e divulgado de sorte a mitigar/anular a possibilidade de qualquer reparação.

Mas, para além da possibilidade de anular ou mitigar o dano, os profissionais de saúde devem ser orientados a respeitar a autonomia do paciente, dividir a responsabilidade na tomada de decisão. Por que continuar a carregar em seus ombros um peso que pode ser compartilhado? Por que não valorizar a decisão do paciente quanto a sua própria vida/saúde?

Lloyd H. Smith afirma que os pacientes desejam ser ouvidos e compreendidos. Os pacientes querem que os médicos estejam interessados neles como seres humanos iguais a eles. Os pacientes esperam contar com a competência profissional na ciência e na tecnologia médicas. Os pacientes querem ser mantidos razoavelmente informados e não querem ser abandonados.

Fazer esse mínimo já ajudaria muito!