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Aquisição da Labs D´Or faz lucro do Fleury cair

Article-Aquisição da Labs D´Or faz lucro do Fleury cair

Compra da instituição requisitou debêntures de R$ 450 milhões. Além disso, a reserva de caixa de IPO foi reduzida com a aquisição, gerando menos receita financeira





O Fleury, empresa de medicina diagnóstica, registrou um lucro líquido de R$ 32,2 milhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 3,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já a receita líquida avançou quase 53%, atingindo R$ 374 milhões, influenciada pelas aquisições da Diagnoson e Labs D'Or. O crescimento orgânico foi de 13,3%.
A redução na última linha do balanço é explicada, principalmente, pelo aumento nas despesas financeiras que pularam de R$ 9,5 milhões para R$ 28,2 milhões. O presidente do Fleury, Omar Hauache, conta que para a aquisição da Labs D'Or foram emitidas debêntures de R$ 450 milhões. Além disso,  ele conta que a reserva de caixa do IPO [oferta inicial de ações, na sigla em inglês] foi bastante reduzida com a aquisição, gerando menos receita financeira.
Em junho, o caixa da companhia era de R$ 236 milhões e o endividamento líquido ficou em R$ 473 milhões.
O lucro operacional, no qual não são consideradas as despesas e receitas financeiras, cresceu 31% no segundo trimestre em relação a igual período do ano passado. O diretor de relações com investidores Fábio Marchiori conta que o Ebitda chegou a R$56 milhões, com margem de  15% sobre a receita líquida.
O lucro antes de juros, depreciação e amortização (Ebitda) no segundo trimestre foi de R$ 82 milhões, ou seja, R$ 30 milhões a mais em relação a igual período de 2011.
No segundo trimestre, o Fleury manteve a política adotada em janeiro de não abrir novas unidades, e sim aumentar a rentabilidade das unidades. Hauache conta que o faturamento bruto do m2 das unidades Fleury ficou em R$ 3,6 mil. No fim do ano, era R$ 3,1 mil. Projetamos chegar em dezembro com a mesma área de laboratórios que tínhamos no ano passado, cerca de 70 mil m2. Segundo o executivo, a expectativa é aumentar essa metragem só a partir de 2013.
Do total da receita, 83% vem das unidades laboratoriais, 13% dos hospitais e o restante de medicina preventiva (check-up) e laboratório de referência (pesquisa).
Em relação à redução de quase 26% no volume de novos empregos formais no país neste primeiro semestre, fato que tende a impactar o setor de saúde, o presidente do Fleury informou que a companhia ainda não sentiu esses impactos, mas está atenta ao cenário macroeconômico.
No segundo trimestre, a companhia reforçou sua estrutura de contas a receber, intensificando as negociações com as operadoras de planos de saúde.
Com informações, Jornal Valor Econômico