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ABIMED apoia a continuidade da telemedicina pós pandemia

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O Diário Oficial da União da última quinta-feira (20) promulgou o  complemento à Lei 13.989, de abril deste, que regulamentou a telemedicina durante a pandemia. Além disso,  o novo trecho passou a integrar a lei, o  que permitirá que o procedimento possa, após a crise, ter sua sequência e regulamentação feita pelo Conselho Nacional de Medicina (CFM).

Para a ABIMED  - Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para a Saúde -, que representa o setor, a adoção permanente da telemedicina é positiva, mas o tema ainda precisa ser melhor discutido e aprimorado.

“A continuidade da telemedicina após a COVID-19 tem todo o nosso apoio, pois sua implantação definitiva seria uma resposta ao anseio da sociedade por mais acesso ao atendimento de saúde”, destaca Fernando Silveira Filho, presidente da Associação.

Inovação e telemedicina pautam o setor de Saúde durante e pós-pandemia

Inovação é a palavra da vez no setor de Saúde, desde que a pandemia do novo coronavírus se instalou no mundo e colocou à prova os sistemas médicos de todos os países. No Brasil, isso não foi diferente, com as tecnologias 4.0 ganhando destaque principalmente por conta do sucesso da telemedicina, que foi implantada em razão da necessidade e, segundo especialistas, veio para ficar.

A falta de estímulos à indústria nacional, os baixos investimentos em inovação, a dependência da importação de suprimentos e um ambiente regulatório desfavorável, porém, são fatores que inibem o desenvolvimento da indústria de dispositivos médicos.

“A Saúde entrou na agenda da sociedade por urgência e necessidade e mostrou a importância do assunto para todos nós. É um grande momento de incorporarmos as novas tecnologias que se apresentam e evoluirmos como um player importante no mercado internacional”, afirma Fernando Silveira Filho, presidente da ABIMED.

Autorizada em caráter de emergência, por conta do isolamento, a Telemedicina se mostrou eficaz e fez com que médicos tivessem de se preparar para o uso de novas plataformas e tecnologias. “O fato é que a telemedicina ganhou uma enorme relevância entre a população. A aceitação tem sido muito boa, os profissionais de saúde se adaptaram rapidamente e a solução se mostrou uma excelente forma de reduzir o gap de atenção primária”, explica Silveira.

Estudos do setor de saúde já mostram que é possível reduzir internações de pacientes crônicos pela metade e diminuir urgências em 40% a partir do uso da telemedicina. Ao mesmo tempo, pesquisas da Market Research Future apontavam (em um levantamento pré-pandemia) que este era um mercado capaz de crescer 29,8% até 2023 e segundo a Global Market Insights o mercado está avaliado em US $ 175,5 bilhões até 2026.

Especialistas no país e exterior destacam que a telemedicina poderá, num futuro não muito distante, levar a saúde a todos os lugares, sendo uma nova realidade para pacientes que não terão mais de ir a hospitais físicos. Além disso, o sistema de atendimento veio para ficar e de forma colaborativa, beneficiando pacientes e profissionais de saúde

Inteligência artificial, robótica, IoT, Big Data e 5G são outros exemplos de tecnologias 4.0 que tiveram a sua disseminação acelerada no mercado brasileiro por conta do isolamento. Nesse contexto, as startups chegam com fôlego e criatividade para inovar e desenvolver soluções, acelerando processos que muitas vezes podem ser morosos dentro de grandes corporações.

“Temos que ficar atentos a esses movimentos e aproveitar as oportunidades que estão se criando. Os benefícios das tecnologias 4.0 são muitos e quem não acompanhar essa evolução não conseguirá se posicionar no mercado pós-pandemia”, finaliza o presidente da ABIMED.