Um novo estudo realizado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e o Premier Inc descobriu que o hábito ainda pode custar para os sistemas de saúde mais do que 160 bilhões de dólares e que 78% dos hospitais usam combinações de antibióticos sem precisar.
Segundo a diretora do Premier Safety Institute, Leslie Schultz, a pesquisa chegou à conclusão que a duplicidade desnecessária de antibióticos é uma prática comum em hospitais americanos. Em quase 80 por cento dos hospitais estudados, foram encontradas evidências de que há prescrição médica de pelo menos uma das vinte e três combinações irrelevantes de antibióticos por mais de dois dias.
''Se esses casos forem representantes de todos os hospitais americanos no mesmo período, mais de 160 milhões de dólares poderiam ser economizados reduzindo o uso de drogas antimicrobianas'', disse ela. O número pode ser muito maior se forem contados os gastos farmacêuticos e laboratoriais.
O estudo também descobriu que em 78% dos hospitais há prescrição médica abusiva de antibióticos intravenosos, o que pode levar à resistência antimicrobiana, além de reações adversas que poderiam ser evitadas.
Um outro estudo realizado em março pelo Centers for Disease Control and Prevention descobriu que a prescrição médica de antibióticos é três vezes maior em alguns hospitais, o que leva à preocupação da resistência corporal aos antibióticos que os pacientes podem estar desenvolvendo.
Algumas soluções foram apresentadas na divulgação dos resultados da pesquisa. Entre elas, o uso de tecnologias para desenvolver uma lista de combinações de antibióticos afim de monitorar e receber alertas em tempo real, além do uso de dados clínicos para criar alertas automáticos quando há prescrição médica duplicada ou conflitante.
''Nosso objetivo aqui é melhorar o uso de antibióticos, para ter a certeza de que cada paciente que precisa de antibiótico receba o tipo correto de antibiótico, na dosagem correta, com a duração correta do tratamento, e rapidamente'', disse Arjun Srinivasan diretor do programa de prevenção de infecções do CDC.
A pesquisa pode ser acessada aqui.
