Em um cenário de retração do emprego formal no Brasil, o setor de saúde se destacou ao apresentar uma leve alta no número de postos de trabalho no último trimestre de 2024. É o que mostra a nova edição do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS), elaborado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
De acordo com o levantamento, entre setembro e dezembro de 2024, a empregabilidade na área da saúde teve variação positiva de 0,1%, contrastando com a queda de 0,6% registrada no conjunto da economia. No período, o setor abriu cerca de 8 mil novas vagas formais, enquanto o país, como um todo, perdeu mais de 535 mil postos de trabalho.
O setor de saúde encerrou o ano com 5,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada — dos quais 4,1 milhões estão no setor privado e aproximadamente 1 milhão no sistema público. Somente a saúde suplementar respondeu por 181 mil novos empregos ao longo de 2024.
“O desempenho da saúde no mercado de trabalho evidencia a relevância do setor, especialmente em um contexto de retração econômica”, avalia José Cechin, superintendente executivo do IESS.

Outros dados do relatório:
- Desempenho comparativo: enquanto a economia brasileira sem o setor da saúde recuou 0,7%, a saúde cresceu 0,1% no último trimestre do ano;
- Setores em queda: serviços (-257,7 mil), indústria (-116,4 mil), construção civil (-89,6 mil), agropecuária (-46,6 mil) e comércio (-25 mil) puxaram a retração nacional;
- Setor público e privado: o emprego na saúde privada subiu 0,1%, enquanto o setor público teve queda de 0,4%;
- Distribuição regional: o setor de saúde avançou no Nordeste (+0,5%), Centro-Oeste (+0,4%), Sul (+0,4%) e Sudeste (+0,2%). A exceção foi a região Norte, que apresentou retração de 1,5%.
A íntegra do relatório está disponível em: iess.org.br