A transição para modelos de remuneração baseados em valor é uma necessidade urgente para garantir a sustentabilidade do setor hospitalar. Durante o segundo debate da Jornada Digital Anahp de fevereiro, realizado na quinta-feira (13), ficou claro que os modelos tradicionais, como o fee-for-service, estão sendo gradualmente substituídos por alternativas mais alinhadas a resultados de saúde. O evento, que teve como tema “Modelos de remuneração com bons desfechos assistenciais e financeiros”, abordou a importância da eficiência operacional e da implementação de práticas inovadoras no setor. 

Julio Vieira, diretor de Relacionamento com o Mercado, Negócios e Estratégia do Hcor, e moderador da discussão, destacou a relevância da colaboração e da transparência na gestão dos contratos, elementos essenciais para evitar desalinhamentos entre os envolvidos e garantir a eficácia do novo modelo. “O diálogo contínuo é fundamental para garantir que as mudanças sejam sustentáveis para todos os participantes”, enfatizou. 

Além de promover uma melhoria no cuidado ao paciente, o modelo de remuneração baseado em valor também traz impactos econômicos diretos às instituições. Contudo, o grande desafio é equilibrar incentivos financeiros e custos operacionais sem comprometer a qualidade do atendimento. 

Ana Takahashi, diretora de Negócios do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explicou: “Precisamos deixar de lado o foco no volume e concentrar esforços no valor.” Paulo Ishibashi, executivo de Marketing e Desenvolvimento de Negócios da Rede TotalCare da Amil, completou: “Ao alinhar incentivos com bons desfechos, conseguimos reduzir desperdícios sem comprometer a qualidade.” 

Maurício Barreto, diretor médico do Hospital Divina, acrescentou que, ao organizar a jornada do paciente, as instituições podem eliminar desperdícios e melhorar a previsibilidade dos custos. 

Os próximos debates da Jornada Digital serão: