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Qual o futuro da automação e robótica nos hospitais?

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Qual o futuro da automação e robótica nos hospitais?
Itália e Alemanha mostram as tecnologias e inovações que delineiam o futuro da saúde

A experiência da Alemanha e da Itália com automação e robótica na Saúde foi compartilhada durante a Hospitalar 2015. A discrepância tecnológica e organizacional do sistema de saúde entre os países ficou bastante evidente durante as apresentações. O que podemos tirar de ambos os exemplos?

Itália

Medicamentos e dispositivos médicos representam o segundo maior gasto das instituições hospitalares italianas, atrás apenas da folha de pagamento, superando 100 milhões de euros anuais. De acordo com Omar Maccagno, gerente de vendas e marketing da IBSL-Ingegneria Biomedica Santa Lucia, a maioria dos hospitais possuem baixo nível de informatização dos processos, sendo grande parte realizados manualmente, assim como pouca maturidade no que diz respeito a logística.

“Faltam dinheiro e profissionais para a gestão dos medicamentos e dispositivos móveis. Acredito que o caminho seja através de parcerias. Precisamos encontrar uma estratégia em que todos escolham pela mesma direção”, disse Maccagno.

Para ele, as soluções que abrem novos horizontes para a revolução tecnológica na Itália são:

-Sistemas de prescrição à beira do leito

-Redes Wi-Fi

-Tecnologia RFID

-Sistemas para automatização dos fármacos em doses unitárias e prescrição automática-Software avançados para a gestão da prescrição e administração

O hospital Policlinico Agostino Gemelli, fundado em 1964, de 1256 leitos, tem investido na tecnologia RFID para gerenciar todos os dispositivos médicos e medicamentos. Com isso, os benefícios da implantação que estão sendo identificados são: rastreabilidade dos produtos e “devices” tanto para os pacientes quanto para as salas cirúrgicas; governança clínica e gerenciamento de risco, com avaliação apropriada e alertas de segurança e recalls; manejo eficiente dos estoques, agilizando a disponibilidades dos “devices”; consumo de monitorização, por departamento/ tipo de intervenção médica/paciente.

O diretor médico do Policlinico, Achille Luongo, não descarta os desafios do alto investimento em hardwares e software, a complexidade do projeto e o tempo consumido e, ainda, a impossibilidade de rastrear alguns equipamentos com tags.

Alemanha

Com um know how tecnológico muito mais avançado e importantes clusters colaborativos em prol da inovação, a Alemanha mostrou com a Siemens a evolução dos softwares que integram Ressonância Magnética (MR) e PET-CT, assim como o quanto a comunicação entre todos os dispositivos médicos presentes em uma sala cirúrgica é possível, segundo o MITI Institute, Clinicum “Rechts der Isar” da TU Munich.

“Isso traz muito mais segurança ao paciente, apoio à equipe operatória e melhora e facilita a documentação”, afirmou o diretor científico do MITI, Ing. Armin Schneider. Como a sala operatória é o local mais caro de um hospital, a melhoria do fluxo de trabalho cirúrgico acaba por reduzir custos.

Salas híbridas, consideradas o estado da arte das salas cirúrgicas, também delineiam o futuro dos hospitais, exigindo específico planejamento, construção, fluxo de trabalho e inovação técnica.  Posicionamento flexível das paredes, proteção contra radiação de até 40 mm de chumbo, intercâmbio de painéis de paredes únicos são algumas das vantagens de uma sala modular, segundo o gerente senior de vendas na HT Health Tec GmbH, Gerhard Scholz.

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