A EMS anunciou a aquisição de parte das operações da multinacional alemã Fresenius Kabi no Brasil. O acordo abrange o portfólio de medicamentos injetáveis, a unidade fabril e o centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) localizados em Anápolis (GO), além da operação logística em Goiânia (GO). A operação ainda depende de aprovação de órgãos regulatórios, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

A estrutura fabril incorporada passará a integrar a rede de produção da EMS, que já conta com unidades em Jaguariúna (SP), Brasília (DF), Manaus (AM) e Hortolândia (SP). A nova planta será voltada à fabricação de medicamentos injetáveis como antibióticos, anestésicos e relaxantes musculares, entre outros. Os colaboradores que atualmente atuam em Anápolis também serão integrados à operação.

Segundo a empresa, a aquisição tem como objetivo ampliar a atuação no mercado hospitalar e complementar o portfólio da unidade de negócios Non-Retail, voltada ao atendimento institucional. Atualmente, o segmento hospitalar privado representa 8% do faturamento da unidade, que movimenta cerca de R$ 1,1 bilhão por ano. A expectativa é que esse percentual alcance 25% no primeiro ano após a incorporação da nova operação.

Durante o processo de transição, a produção na unidade de Anápolis será mantida sem interrupções, conforme informou a EMS.

Desempenho da unidade Non-Retail

A divisão Non-Retail, responsável pelo fornecimento de medicamentos a hospitais, clínicas e órgãos públicos, registrou faturamento de R$ 1,08 bilhão em 2024 — alta de 26,5% em relação ao ano anterior. A projeção da EMS é atingir R$ 1,25 bilhão em 2025, o que representa um crescimento estimado de 15,5%.

De acordo com dados da empresa, a unidade responde por 12,2% do faturamento líquido do Grupo NC, controlador da EMS. O portfólio abrange desde medicamentos para atenção básica até produtos de alta complexidade, como oncológicos, imunossupressores e tratamentos para doenças raras.