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Telemedicina a Favor do Sono

Article-Telemedicina a Favor do Sono

Telemedicina a favor do sono
Cada vez mais prevalente junto à população mundial, a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) começa a ser monitorada à distância através do controle dos equipamentos portáteis capazes de realizar o diagnóstico da doença. Continue lendo.

Cada vez mais prevalente junto à população mundial, a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) começa a ser monitorada à distância através do controle dos equipamentos portáteis capazes de realizar o diagnóstico da doença. Essa é, pelo menos, a realidade norte-americana onde a telemedicina vem servindo para monitorar o uso residencial dos CPAPs (abreviação da sigla, em inglês, Continuous Positive Airway Pressure, ou seja, Pressão Positiva Contínua na Via Aérea), os aparelhos portáteis que servem para evitar a obstrução parcial ou completa das vias respiratórias durante o sono, impedindo que ocorra o ronco e apneia enquanto seus usuários dormem. Lá, onde apenas um dos fabricantes desses aparelhos, já conta com uma base instalada de mais de 120 mil aparelhos monitorados através do sistema de telemedicina. Outro ponto é o diagnóstico da AOS pela Polissonografia tipo III, ou seja, pelo exame feito por esses pequenos aparelhos no próprio domicilio, está deixando para trás a necessidade de contar exclusivamente com os laboratórios de sono, incapazes de dar conta da crescente demanda da doença.

A última inovação nesse segmento foi a criação de uma plataforma para gerenciar de maneira mais abrangente os pacientes. O recebimento dos dados ocorre via wireless ou sinal GSM e outras informações, tais como, altura, peso, glicemia e pressão arterial podem ser inseridas manualmente. Dessa forma, não só a AOS pode ser gerenciada mas também as suas comorbidades associadas. Diversos modelos de equipamentos estão disponíveis no mercado para a realização da Polissonografia tipo III, alguns, inclusive,  permitem a montagem pelo próprio paciente, sem a necessidade do deslocamento de um técnico. Diferentes modelos de Polissonigrafos do tipo III têm sido utilizados e os resultados obtidos quando comparados com a Polissonografia do tipo I  -- feita pelos grandes laboratórios --, têm apresentado resultados com forte correlação.

Até bem pouco tempo, a doença era monitorada apenas pela Polissonografia do tipo I, a mais complexa, por exigir um laboratório do sono de alto custo e a assistência de um técnico especializado. No Brasil, por exemplo, esses laboratórios são escassos e insuficientes para atender a uma demanda que aponta a índices preocupantes. Um estudo epidemiológico, realizado na cidade de São Paulo, demonstrou uma prevalência de 32,8% de AOS na população adulta. Outros estudos sugerem que 22% a 62% dos indivíduos com Hipertensão Arterial Sistêmica apresentam AOS e 30% dos pacientes com Diabetes tipo II também a possuem. Além disso, a AOS é precursora do agravamento ou do início de doenças cardíacas, tais como arritmia, insuficiência coronariana, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral.

Por outro lado, estudos conduzidos nos EUA, Brasil, Canadá e diversos países Europeus demonstram que, em pacientes com grande suspeita de AOS, a Polissonografia tipo III com equipamentos portáteis é capaz de realizar o diagnóstico da doença -- caracterizada pela obstrução parcial ou completa recorrente das vias aéreas superiores durante o sono, gerando quadros de apneias (pausas respiratórias de no mínimo 10 segundos) e ou hipopneias (quase apneias) – quadro esse tratado pelo CPAP ao funcionar como um compressor silencioso, que utiliza o próprio ar ambiente e transfere-o através de uma máscara, formando um coxim pneumático que permite uma respiração adequada.

No Brasil, a divulgação da AOS vem avançando de maneira mais satisfatória perante o meio médico e da população em geral nos últimos anos, o que poderá trazer em breve também uma nova realidade de controle da doença através da telemedicina.

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