O Hospital Mater Dei Santa Clara, em Uberlândia, alcançou um marco significativo na medicina ao realizar o primeiro procedimento de ablação combinada por campo pulsado Farapulse com mapeamento eletroanatômico no interior de Minas Gerais. A intervenção foi liderada pelo Dr. Frederico Homem da Silva, cardiologista e arritmologista, em parceria com o Dr. Marcelo Carrijo Franco, ambos integrantes da equipe de arritmologia da Rede Mater Dei. 

Condição da paciente

A paciente, uma mulher de 64 anos diagnosticada com fibrilação atrial, foi submetida a essa técnica de ponta, que une a tecnologia de campo pulsado — uma abordagem moderna e seletiva para eliminar focos de arritmia — ao mapeamento eletroanatômico tridimensional. Essa combinação proporciona uma visualização detalhada das câmaras cardíacas e dos circuitos elétricos anormais, ampliando a segurança e a eficácia do tratamento. 

“O mapeamento eletroanatômico permite criar uma reconstrução 3D das câmaras cardíacas, identificando pontos críticos, como o trajeto do nervo frênico e áreas de fibrose. Isso aumenta significativamente a precisão no tratamento das arritmias”, explica o Dr. Frederico Homem da Silva. Já a tecnologia de campo pulsado atua de maneira seletiva no tecido cardíaco, minimizando riscos a estruturas adjacentes, como o esôfago e os vasos sanguíneos. 

Benefícios diretos para os pacientes 

O uso do campo pulsado apresenta vantagens significativas em relação a técnicas tradicionais, como a radiofrequência e a crioablação. Segundo o Dr. Marcelo Carrijo Franco, os pacientes submetidos a essa técnica desfrutam de uma recuperação mais rápida, menor tempo de internação e um controle mais duradouro da arritmia. Além disso, o procedimento reduz o risco de complicações graves, como lesões no diafragma ou no esôfago. 

O futuro da eletrofisiologia 

“O campo pulsado é uma tendência global, consolidando-se rapidamente como a principal forma de energia para o tratamento intervencionista de arritmias cardíacas. Quando combinado a ferramentas consagradas, como o mapeamento eletroanatômico e a ecocardiografia intracardíaca, ele representa o futuro da eletrofisiologia”, destacam os especialistas. 

“Estamos felizes em garantir as técnicas mais modernas para o tratamento de arritmias cardíacas”, conclui o Dr. Frederico Homem da Silva.