O Hospital Copa Star foi o primeiro no Brasil a utilizar um novo modelo de prótese para a válvula aórtica, que possui o dobro da durabilidade em comparação às opções tradicionais. De acordo com Cleverson Zukowski, coordenador da cardiologia intervencionista da Rede D’Or e responsável pelo procedimento, as próteses convencionais têm um ciclo de vida médio de 10 anos, enquanto o novo modelo, chamado Edwards Sapien Resilia, pode durar até 20 anos. “Essa tecnologia impede a calcificação do tecido, reduzindo sua deterioração e prolongando sua conservação”, explica. 

Tratamento para estenose aórtica 

O implante de prótese na válvula aórtica é um tratamento indicado para pacientes com estenose aórtica, uma condição caracterizada pelo estreitamento da válvula, dificultando o fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para a aorta. A doença se torna mais frequente com o envelhecimento, e estudos indicam que entre 3% e 5% da população acima de 65 anos pode apresentar algum grau de comprometimento valvar. Com as próteses tradicionais, muitos pacientes voltam a manifestar sintomas após uma década, e, devido à idade avançada, a realização de um novo procedimento pode ser inviável. 

No primeiro implante realizado com essa tecnologia no Brasil, um paciente de 80 anos recebeu a prótese e teve alta 36 horas após a cirurgia, sem apresentar complicações. Segundo Zukowski, a inovação pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida de pacientes com essa condição. 

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