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Você está preparado para oferecer telessaúde?

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O índice de maturidade em telessaúde avalia o nível de adoção das tecnologias e mede o preparo do serviço para garantir segurança e sustentabilidade

A oferta de serviços de telessaúde aumentaram com o avanço da pandemia de covid-19. Como este serviço é oferecido, entretanto, nem sempre tem garantia de segurança e qualidade.

Simplesmente adotar uma plataforma comum de webconferência para permitir a conversa entre o profissional de saúde e o paciente e/ou outro profissional não é o suficiente nem a forma mais adequada de prestação deste tipo de serviço. Claudio Giulliano, CEO da FOLKS e líder da HIMSS Analytics Latin America afirma “Isso acontece com qualquer tecnologia: você começa a usar e depois vai se preocupar em arrumar a casa”.

A documentação clínica do teleatendimento, por exemplo, é uma obrigação do profissional. Preferencialmente, este registro será feito em prontuário eletrônico integrado com a plataforma de telessaúde. Permitir o compartilhamento destas informações com outras instituições que o paciente transita seria o ideal, mas ainda não é a realidade brasileira.

O número de ataques cibernéticos se aproveitando da situação de pandemia também aumentou significativamente. Com isso, o risco de se ‘pegar’ informações em trânsito ficou maior.

Os critérios de segurança da tecnologia adotada precisam garantir a privacidade, disponibilidade e integridade das informações. Paralelamente, políticas de segurança devem ser estabelecidas pela instituição e seguidas pelos profissionais. Ou seja, não adianta o teleatendimento ser feito por uma plataforma segura, se no final uma prescrição médica é enviada por whatsapp, por exemplo.

O índice de maturidade em telessaúde avalia cinco dimensões: serviços e aplicações, infraestrutura e segurança, analytics e interoperabilidade, estrutura e cultura e estratégia e governança. “A ideia é oferecer um diagnóstico rápido e simples, uma autoavaliação para que a organização de saúde possa ver se ele está aderente às melhores práticas em telessaúde ou não”, enfatiza Claudio.

A avaliação foi baseada em documentos nacionais e internacionais sobre telessaúde, como por exemplo o framework de telessaúde da OMS. Ela direcionará a adoção desta tecnologia e o preparo necessário da instituição, considerando, entre outras coisas, segurança, eficiência, usabilidade e conformidade.

A portaria 467, aprovada pelo Ministério da Saúde em 20 de março de 2020, prevê a operacionalização da telemedicina em caráter excepcional como forma de enfrentar a pandemia causada pela covid-19. Porém, a regulamentação se diz temporária, apenas enquanto durar o decreto de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

Na opinião de Claudio “o que foi não volta mais! Um país como o nosso precisa de telemedicina independentemente da covid-19. O mundo precisa de telemedicina”. Os benefícios serão experenciados e percebidos por todos, inclusive pelos médicos – a classe que mais se opôs no passado. Para os que trabalham em consultório, a telemedicina será a alternativa para manter o funcionamento com segurança e garantir uma renda.

Para finalizar, a Folks convida as instituições para realizar a autoavaliação gratuita e online. O questionário para o índice de maturidade em telessaúde pode ser acessado por aqui.